Já estamos no final de mais um ano. Não sei você, mas sinto que o tempo vem passando cada vez mais rápido. E quando chegamos a uma certa idade é natural que passemos a olhar a vida  de forma mais atenta, sendo ainda mais necessário aprender a planejar o que desejamos que aconteça.

Vou te dizer uma coisa: o final de um ano e o começo de outro totalmente novo é um ótimo momento para colocar os sonhos no papel. E se eles dependem de dinheiro, um planejamento se torna ainda mais relevante. Se você ainda não começou, aproveite para fazer isso!

Conheço muita gente que diz que não consegue realizar determinadas ações porque não tem dinheiro pra isso, apesar de nem saber direito quanto ganha ou quanto gasta. Por outro lado, há quem realmente tenha um orçamento apertado, mas cuida atentamente dele, de forma que consegue realizar aos poucos muitos dos sonhos desejados.

Planejar exige conhecer

O primeiro passo para começar a planejar as finanças é conhecer exatamente seus ganhos e gastos. Para isso é preciso manter um controle. Anote todas as despesas fixas, ou seja, aquelas que, faça chuva ou faça sol, acontecerão. Por exemplo: aluguel, mensalidade escolar, plano de saúde, etc. Entram também aquelas despesas que acontecem só uma vez por ano, como IPVA ou seguro.

Depois, vá para as variáveis. Neste caso é preciso observar por um tempo - que tal um mês? - todos os gastos. Anote. Pode ser que você não veja dinheiro sobrando porque vem gastando com coisas pequenas, mas frequentes. No final do ano, seria o necessário para fazer uma viagem gostosa de fim de semana ou trocar o celular antigo por exemplo.

Dá para economizar?

Apenas conhecendo o que acontece com suas finanças será possível observar se há gastos inúteis - como uma assinatura do aplicativo que você raramente usa ou algo do tipo. É assim também que se torna possível reduzir gastos, fazendo substituições. Todos os anos eu costumo dar uma olhada na conta do celular e vejo se dá para reduzir. Já consegui ótimas substituições mantendo o número e trocando a operadora.

De tempos em tempos também faço o mesmo com plano de saúde. E até mesmo com aluguel. Teve uma época em que a inflação aumentou bastante o custo de moradia do apartamento em que eu morava por cinco anos. Acabei conseguindo um outro apartamento, no mesmo prédio, em uma condição muito melhor e pagando menos. Dá trabalho? Naturalmente. Mas isso é cuidar bem do dinheiro para que sobre para realizar o que desejo, entende?

Além de economizar, vale ganhar mais

Pode ser que mesmo reduzindo ou substituindo gastos você se dê conta que o dinheiro não é suficiente para o que precisa ou gostaria. Neste caso, não tem jeito. É preciso aumentar a receita, buscar renda extra. E como fazer isso? Aqui é preciso prestar atenção nas coisas que você faz bem e podem interessar a outras pessoas.

Todo mundo tem algum talento que serve ao mundo. Pode ser fazer um bolo gostoso, cuidar de pets ou dar aulas de reforço, por exemplo. Ofereça o que você sabe fazer e pode gerar um dinheiro a mais. Comece a divulgar para as pessoas que você conhece e peça para que elas compartilhem.

Pague-se antes

Até aqui, falei da importância de conhecer receitas e despesas, reduzir gastos inúteis e fazer substituições. Também citei que é fundamental buscar renda extra em muitos casos. Essas ações de planejamento financeiro estão incluídas nos pilares “poupar certo”, “gastar bem” e “ganhar mais” que são tratados  no Instituto de Longevidade. São bases que, se aplicadas de forma regular, podem ajudar qualquer pessoa a envelhecer com a vida financeira em ordem.

Entendo que, para quem está começando a se planejar agora, pode parecer difícil prestar atenção nas finanças ou mudar hábitos de consumo. Mas comece aos poucos, assim como alguém que está buscando perder peso e precisa mudar os hábitos alimentares. O importante é manter disciplina e a frequência e os resultados naturalmente aparecerão e valerão a pena.

Para finalizar, outro ponto essencial no planejamento é começar a poupar. Aqui, o mais importante não é o valor, mas a constância. Em vez de esperar “sobrar”, pague-se primeiro: assim que o dinheiro entrar na conta, separe um pouquinho já conectado à meta que você deseja conquistar. Se ainda não existe uma reserva financeira, esse deve ser o seu primeiro passo. Lembre-se: mais importante do que quanto entra todo mês é a forma como você se relaciona com esse dinheiro — como gasta, organiza e guarda. Aproveite o início do ano para fazer diferente e construir, pouco a pouco, mais segurança e tranquilidade para o futuro.

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