Com a alta da Selic, a taxa básica de juros na economia, muitos investimentos atrelados a ela passaram a ganhar destaque. Entre eles, os CDBs, Certificados de Depósito Bancário. Em diversos lugares você deve ter ouvido coisas como: CDB paga 100% do CDI, Invista e receba 200% do CDI, etc. Mas, enfim, você sabe exatamente o que é um CDB ou um CDI e como funciona? 

Um CDB é um título de renda fixa emitido por um banco. De forma simples, funciona como um empréstimo que o investidor faz ao banco emissor. Quem investe, empresta dinheiro para esse banco por um tempo determinado e é remunerado com juros em troca disso. Esses juros vão depender do que foi estabelecido na contratação, podendo a taxa ser pré ou pós fixada. 

Se a taxa do CDB é pré-fixada, você já sabe qual será o rendimento do título assim que contrata. Ou seja, um CDB que rende 12% ao ano, por exemplo, pagará exatamente 12% ao ano ao final de 12 meses. Vale lembrar que há um desconto de imposto de renda no valor final a ser considerado.

E se a taxa é pós fixada, o rendimento vai variar de acordo com indicadores econômicos. Os mais comuns são CDBs atrelados ao CDI. Um CDI é como uma taxa de juros entre bancos. Ele acompanha a variação da taxa Selic, por isso quanto mais alta a taxa, mais alta a remuneração. Por isso, ao escolher, vale a pena checar a taxa, o prazo de investimento e também o imposto de renda.

Investidor calculando remuneração de CDB

Crédito: Pickadook/Shutterstock

Como é a remuneração?

Um CDB que é remunerado a 200% do CDI por exemplo, remunerará praticamente o dobro de um CDB a 100% do CDI. Acontece que muitas vezes os CDBs que mais remuneram também exigem que o dinheiro fique parado por um bom tempo na conta, ou seja, não tem liquidez diária, e você precisa checar se precisará do dinheiro nesse tempo ou não.

Alguns CDBs com alta rentabilidade também estabelecem limite de valor para a contratação (R$ 10 mil no máximo, por exemplo) e têm prazo menor de aplicação, o que significa que o imposto de renda pode ser mais alto. A tabela de imposto de renda neste caso vai de 22,5% para até 180 dias de investimento a 15% para investimentos acima de 720 dias. Também é cobrado IOF caso o resgate seja feito em menos de 30 dias. A dica ao investir, portanto, é: compare.

Para quem é o CDB?

De forma geral, um CDB é para quem busca um investimento simples e seguro e, além disso, com rendimento maior que o da poupança. O risco é que o banco emissor não cumpra com o pagamento, mas as chances de isso acontecer são baixas. Para torná-las ainda menores, o ideal é escolher bancos mais conhecidos e maiores ao investir.

Algo a se considerar é que dá para investir em um CDB a partir de pequenos valores. Muitos aceitam um mínimo de R$ 100 e normalmente é possível fazer algumas simulações. Além disso, CDBs têm proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que garante até R$ 250 mil por CPF e por instituição em caso de quebra da instituição. O limite é de R$ 1 milhão.

É importante considerar, porém, que qualquer investimento deve ser feito com base nos objetivos de quem investe. “Tem opção que será ideal para uma pessoa e para outra pode não se encaixar no perfil de risco e metas financeiras. Para encontrar o investimento mais adequado, é preciso fazer as seguintes perguntas: Por que estou investindo? Qual o objetivo que eu quero dar para esse dinheiro? Por quanto tempo vai ficar aplicado? Qual a tolerância ao risco e o meu perfil de investidor?”, orienta André Souza, Diretor de Investimentos do PagBank PagSeguro.


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