O ano de 2021 terminou com inflação e juros altos. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou novembro em 10,74% no acumulado de 12 meses, enquanto a taxa Selic está em 9,25%. Neste cenário, é esperado que, neste início de ano, os reajustes de preços aconteçam. E como fazer para proteger o bolso?

Alguns reajustes que se dão logo no início de 2022 são: IPTU, IPVA, tarifa de transporte público, mensalidade escolar, serviços diversos. Isso sem falar nos preços de alimentos e na alta do crédito. Ufa! Como lidar?

É preciso cautela e pesquisa para proteger o bolso

Para começar, a alta de preços já requer e continuará requerendo mais cautela e pesquisa por parte do consumidor. Será mais necessário eleger prioridades e não ceder às compras por impulso. 

Usar sites de pesquisas para comparar preços, como Zoom e Buscapé, pode ajudar, assim como fazer uma lista de compras antes de ir aos supermercados. 

Também vale avaliar a compra em atacadões, que costumam ter preços competitivos para quem compra em maior quantidade. Neste caso, que tal reunir amigos e vizinhos e dividir as compras para pagar mais barato?

Ir a feiras-livres também é uma ótima forma de manter a alimentação mais saudável e gastar menos, especialmente nos horários de término, com a famosa “xepa”.

No caso dos aluguéis, a palavra-chave é “negociar”. Normalmente, a regra de ajuste é o Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM), que acumulou alta de 17,78% em 2021. Isso significa que um aluguel vencendo em janeiro de R$ 1.000 já passaria para quase R$ 1.200.

É importante conversar com o proprietário e buscar um acordo que seja válido para ambos os lados, até porque, em muitos casos, não havendo acordo, pode ser até mais vantajoso buscar um aluguel novo do que renovar o antigo. E o proprietário pode ter interesse em não ficar com o imóvel vazio.

Homem com calculadora pensando em proteger o bolso.

Crédito: Kelly Sikkema/Unsplash 

Mensalidade, IPVA e IPTU

Alguns gastos maiores já são previsíveis, pois acontecem todos os anos. É o caso dos reajustes de mensalidade escolar, IPVA e IPTU.

No caso das mensalidades, como não existe teto, vale conversar diretamente com a escola para buscar descontos e reduções. Muitas delas dão bolsas ou negociam.

"No reajuste, a escola pode incluir as despesas gerais, pagamentos de impostos, aumento da carga salarial, investimentos para manutenção e conservação e investimentos no aprimoramento do sistema didático-pedagógico", explica Fernando Capez, diretor executivo do Procon-SP. 

“É direito do consumidor ter acesso à planilha de custos e despesas que aponta os motivos do reajuste aplicado", afirma.

No caso do IPVA, para proteger o bolso, avalie se vale a pena pagar à vista, com desconto. E quanto ao IPTU, saiba que em alguns municípios há isenção do Imposto para pessoas a partir de 60 anos. Vale procurar a prefeitura para checar se esse benefício existe e quais os critérios.

Juros e crédito

Com relação aos juros, 2021 fechou com taxa Selic de 9,25% ao ano, o que significa que é o maior percentual em quatro anos. Nesta toada, os juros bancários também sobem, aumentando as taxas dos empréstimos cobrados. Quem precisar de dinheiro emprestado terá que tomar ainda mais cuidado. Confira alguns passos:

  • Primeiramente, cheque se o empréstimo é realmente necessário ou se é para algo que pode aguardar.

  • Depois, avalie as taxas cobradas pelas instituições e dentro da sua própria instituição. O Banco Central tem uma tabela atualizada constantemente sobre isso.

  • Entenda que cartão de crédito e cheque especial têm as piores taxas do mercado, por isso nunca devem ser usados a não ser em situações excepcionais. 

  • Antes disso, para proteger o bolso, opte por empréstimo pessoal, considere vender o que não usa ou vá atrás de renda extra.


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