Um estudo realizado por pesquisadores do do Eurocentro Mediterrâneo sobre Mudanças Climáticas (CMCC) alerta que 23% da população mundial acima de 69 anos estará exposta ao calor extremo em 2050. Em 2020, um estudo da Nature Communications mostrou que essa exposição afetava 14% das pessoas nessa faixa etária.

Os cientistas entendem que partes das Américas do Sul e do Norte, do Sudeste da Ásia e toda a Austrália ficarão sob estresse crescente devido a uma sensação térmica de calor recorde. Também preveem que, em 2050, o número de pessoas com mais de 60 anos deve duplicar para quase 2,1 mil milhões, e que a expectativa de vida para homens aumentará 4,9 anos e para as mulheres, 4,2 anos. Ou seja, a população estará mais envelhecida e o calor será maior.

De acordo com a pesquisa, o calor extremo deve envolver especialmente os Estados Unidos na região das Américas. No Brasil, o litoral do Nordeste, do Sudeste e parte do Centro-Oeste estarão na zona vermelha. E na maioria dos países da África e do Sudeste Asiático, além da Índia, haverá calor extremo.

"O aumento da intensidade, duração e frequência das ondas de calor representa ameaças diretas à saúde física, com consequências especialmente graves para os idosos, dada a sua maior suscetibilidade à hipertermia e às condições de saúde comuns agravadas pela exposição ao calor", diz o artigo.

Um homem idosos bebendo água em um quarto, em frente a um ventilador. Imagem para ilustrar a matéria sobre calor extremo. Crédito: Yau Ming Low/Shutterstock

Por que calor extremo é pior para idosos?

  • A pele de uma pessoa idosa não produz suor e não resfria o corpo da mesma forma que acontece com uma pessoa mais jovem;

  • O estresse térmico tende a agravar as condições de saúde existentes, como diabetes, doenças renais e cardíacas;

  • A desidratação pode afetar a função renal e a pressão arterial dos idosos, aumentando os riscos de quedas;

  • Mesmo em pessoas sem diabetes, o estresse térmico pode aumentar os níveis de açúcar no sangue.

Como idosos podem se proteger em situações de calor extremo:

  • É importante beber água regularmente e evitar bebidas alcoólicas e com cafeína, pois podem causar desidratação;

  • Frutas e legumes devem fazer parte do cardápio diário, pois têm alto teor de água;

  • Em situações de calor extremo, idosos devem evitar sair durante horários de pico e passar a maior parte do tempo em ambientes com ar-condicionado ou ventiladores;

  • É essencial que estejam atentos a sinais de exaustão pelo calor, como tontura, fraqueza, náusea e dores de cabeça. Também devem consultar um médico regularmente para monitorar a saúde.


Quer estar com a saúde em dia e contar com descontos em medicamentos, telemedicina e outros benefícios? Conheça o Programa de Benefícios ViverMais, do Instituto de Longevidade MAG.

Leia também:

Diminuir calorias pode ajudar a viver mais, aponta estudo

Onda de calor excessivo exige cuidados com a saúde de pessoas idosas

Cuidar de idosos no calor exige medidas especiais, alerta especialista

Compartilhe com seus amigos

Receba os conteúdos do Instituto de Longevidade em seu e-mail. Inscreva-se: