O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta para uma onda de calor excessivo no Rio de Janeiro, afetando diversos municípios até domingo (5). Espera-se que as temperaturas fiquem 5º Celsius acima da média, com duração de três a cinco dias. O alerta, classificado como perigo, abrange áreas metropolitanas, sul, noroeste, norte, centro fluminense e baixadas.

Para quinta-feira (2), a previsão é de uma temperatura máxima de 37ºC, aumentando para 38ºC na sexta-feira (3). Esta condição coloca o Rio de Janeiro entre os estados já afetados por uma onda de calor, juntando-se a Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná. Esses estados enfrentam uma situação ainda mais severa, classificada como de grande perigo, desde 27 de abril, prevista para terminar no início da noite de sábado (4).

As altas temperaturas trazem consigo a sensação de cansaço, a falta de disposição e, em algumas situações, dores de cabeça, sintomas de pressão baixa e desidratação.

Os problemas de saúde, no entanto, podem se agravar. A onda de calor excessivo pode aumentar significativamente o risco de acidentes cardíacos, como infartos, e cerebrovasculares, como AVCs. Pessoas com problemas respiratórios podem experimentar piora, especialmente em condições de baixa umidade do ar.

Entre os grupos de maior risco estão:

  • Idosos;

  • Cardíacos;

  • Pessoas com problemas de circulação sanguínea;

  • Diabéticos;

  • Pessoas com problemas respiratórios;

  • Crianças.

Por esse motivo, é essencial preservar a saúde e buscar manter o equilíbrio da temperatura corporal. Para isso, é preciso garantir uma hidratação adequada. E mesmo aqueles que não estão incluídos nesses grupos de risco devem estar atentos para evitar a desidratação.

Um idoso jogando água de uma garrafa pet no rosto. Imagem para ilustrar a matéria sobre onda de calor excessivo. Crédito: Eggeegg/Shutterstock

Por que a onda de calor excessivo é perigosa para idosos?

Os idosos enfrentam os maiores desafios durante o calor devido à sua menor quantidade de água corporal. Por sentirem menos sede e transpirarem menos, pessoas idosas têm uma menor capacidade de regulação de pressão e ajuste de temperatura.

Com isso, é comum que os idosos relatem uma sensação de "cozimento interno", conhecida como "intermação". Nesse processo, o corpo se aquece e tem dificuldade em dissipar esse calor, resultando em hipertermia. Esse é um aumento da temperatura que não está relacionado à febre, mas sim a uma limitação na resposta corporal.

Mas o que acontece com o corpo durante uma onda de calor excessiva?

O corpo humano opera em uma temperatura ideal para suas atividades diárias e é sensível às variações de calor ou frio do ambiente. Quando exposto a temperaturas elevadas, o corpo responde buscando regular a temperatura interna.

Para essa regulação, o corpo induz a vasodilatação, dilatando as artérias na tentativa de dissipar o calor. Isso resulta em um aumento do fluxo sanguíneo para a pele e na produção de suor. Com a expansão dos vasos sanguíneos, há mais espaço para a circulação sanguínea.

Porém, sem compensarmos essa perda com uma ingestão adequada de água, a quantidade de sangue por espaço arterial diminui. Esse quadro leva a uma redução da pressão arterial e potencial desidratação.

Indivíduos com problemas cardíacos e circulatórios enfrentam maior dificuldade em compensar a falta de água, assim como aqueles com problemas respiratórios. Estudos indicam que uma respiração adequada influencia os batimentos cardíacos, a pressão arterial e o funcionamento celular. Pacientes diabéticos de longa data também podem encontrar desafios na regulação da pressão arterial.

Como se cuidar durante a onda de calor excessivo

Hidratação é a palavra-chave quando o assunto é a prevenção de danos causados pelo calor. Mas essa não é a única forma de prevenção. Também é preciso evitar exposição prolongada ao sol e permanecer em ambientes muito quentes e fechados.

Entre 10 e 16 horas, horários mais quentes do dia, é fundamental ter alguns cuidados, como não praticar atividade física externa. Além disso, o uso de roupas leves, a aplicação de protetor solar e a prática de atividades físicas de menor impacto, preferencialmente à sombra, são recomendações importantes.

Para a alimentação, prefira uma dieta leve e rica em frutas e legumes. O consumo de álcool deve ser evitado, pois pode contribuir para a desidratação. E, para se refrescar, ventiladores e ar-condicionado podem ser aliados para equilibrar a temperatura externa com a corporal.


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