O envelhecimento de mulheres do Sul e Sudeste está associado a um aumento de doenças crônicas e hábitos nocivos. Essa informação foi revelada por uma pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande (Furg). O estudo revelou que as mulheres dessas regiões, com taxas de envelhecimento mais elevadas, enfrentam maiores riscos de desenvolver hipertensão, diabetes e obesidade.
A estudo foi publicada no periódico científico Archives of Gerontology and Geriatrics Plus. Ela também aponta para um aumento no consumo de álcool e tabagismo entre essa população.
O estudo analisou dados dos Censos Demográficos Brasileiros de 2010 e 2022. Também contou com informações sobre hábitos e saúde das pesquisas Vigitel de 2010 e 2023. A pesquisa cobriu as 26 capitais brasileiras e o Distrito Federal. O cenário mostrado é preocupante: o envelhecimento acelerado das mulheres do Sul e Sudeste está fortemente ligado a um aumento de doenças crônicas.
Os resultados mostram que o aumento das taxas de envelhecimento não é uniforme no Brasil. As capitais das regiões Sul e Sudeste registraram os maiores aumentos, acompanhados por uma maior incidência de problemas de saúde.
“As capitais brasileiras com o maior aumento na taxa de idosos, das regiões Sudeste e Sul, também foram aquelas que tiveram o maior aumento de doenças crônicas”, afirma Samuel Dumith, autor do estudo e professor da Faculdade de Medicina da Furg.
Crédito: Scarc/Shutterstock
Hábitos impactam o envelhecimento de mulheres do Sul e Sudeste
Entre as mulheres, existe uma maior incidência de hipertensão, diabetes e obesidade. Além disso, o estudo ainda destacou um aumento no tabagismo e no consumo excessivo de álcool. Esses comportamentos, juntamente com as doenças crônicas, representam um desafio significativo para a saúde pública nas regiões mencionadas. No caso dos homens, os principais problemas foram excesso de peso e diabetes.
Com o rápido envelhecimento populacional, é essencial que os gestores de saúde se preparem para enfrentar desafios.
“Os gestores dos estados dessas duas regiões precisam se preparar mais rapidamente para enfrentar os efeitos que o envelhecimento populacional pode causar”, alerta Dumith. Isso inclui o planejamento em saúde, economia e seguridade social. Com investimentos em políticas é possível promover hábitos saudáveis desde a infância.
O estudo sugere que é necessário incentivar mudanças no estilo de vida. Essa seria uma forma de diminuir os impactos negativos do envelhecimento de mulheres do Sul e Sudeste. A prática de exercícios regulares e uma alimentação saudável são fundamentais para reduzir os riscos de doenças crônicas. Além disso, são hábitos capazes de melhorar a qualidade de vida das populações mais idosas.
O envelhecimento das mulheres do Sul e Sudeste do Brasil traz à tona questões críticas para a saúde pública. Com um planejamento adequado e investimentos em prevenção, é possível enfrentar os desafios e promover um envelhecimento mais saudável para essas populações.
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