A fila do INSS de dezembro de 2022 a abril deste ano só cresceu. O número de pessoas aguardando a análise do Instituto Nacional do Seguro Social passou de 930 mil para 1,2 milhão. Os dados fazem parte do Boletim Estático da Previdência Social publicado no mês de abril.
Especialistas creditam a demora na análise a vários aspectos. Primeiramente, a perda de funcionários do INSS. Em dez anos, há menos da metade do número de colaboradores.
Além disso, a reforma da Previdência e a pandemia de covid-19 também justificam a grande fila do INSS, já que esses fatores levaram a um aumento no tempo de espera para o atendimento. Atualmente, boa parte dos processos atuais, mais de 720 mil, aguarda a análise há mais de 45 dias. Para ter acesso á aposentadoria, um beneficiário aguarda, em média, 67 dias.
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Fila do INSS também é reflexo do envelhecimento da população
O envelhecimento da população também explica a fila do INSS, já que o órgão acaba sendo mais procurado e exigido em razão dos pedidos de aposentadorias e benefícios. De acordo com o ministro da Previdência Social, Carlos Luppi, uma das razões para o gargalo é a falta de servidores para avaliar o valor dos benefícios, que varia conforme cada caso. Ele também já citou que há carência de médicos peritos.
Neste cenário, para reduzir a fila do INSS, além da contratação de mais funcionários, os especialistas também apostam no maior uso de tecnologia para ajudar a dar celeridade aos processos. Outro pontos são as parcerias.
De acordo com o economista e especialista em Direito Previdenciário, Washington Barbosa, parcerias e e convênios também são essenciais para a aceleração das análises. “Por exemplo, há um convênio muito exitoso que é o convênio do INSS com o conselho federal da Ordem dos Advogados, onde todos os advogados espalhados pelo país simulam uma agência do INSS, e podem fazer quase todos os serviços e requerimentos que são feitos por uma agência do INSS”, explicou ele em matéria divulgada na Imprensa.
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