A expectativa de vida no Brasil e no mundo tende a aumentar. Em um mundo no qual as pessoas estão vivendo mais, é preciso saber lidar com as finanças na aposentadoria. Pensar na independência financeira de pessoas idosas se torna um tema cada vez mais importante.
Um estudo publicado em 2021 mostrou o papel da educação financeira para a promoção da independência financeira de pessoas idosas. A pesquisa foi realizada por pesquisadores da Universidade Federal do Tocantins e da Universidade de Coimbra, em Portugal.
Chamado "Os efeitos da educação financeira no comportamento de consumo: um estudo com idosos de baixa renda", o trabalho gerou dados relecantes sobre o assunto. O estudo videnciou os benefícios positivos que aulas sobre conceitos fundamentais de finanças pessoais proporcionaram a um grupo de idosos com renda de até dois salários mínimos em Palmas.
Os pesquisadores do estudo apontam que os idosos que frequentaram as oficinas adquiriram novos conhecimentos e conseguiram aplicá-los.
Após as aulas, conseguiram adotar práticas de planejamento. Enomizar para realizar compras à vista em vez de parceladas com juros, por exemplo, se tornou um costume. Além de compartilhar as despesas básicas com aqueles que moram na mesma casa, evitando assumir toda a responsabilidade sozinhos.
Outros hábitos mencionados foram:
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Examinar as despesas regulares antes de aceitar novos compromissos;
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Elaborar uma lista de compras antes de ir ao supermercado;
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Adotar o uso de um cofrinho como estímulo à poupança;
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Realizar pesquisa de preços ou taxas de juros antes de tomar uma decisão financeira.
Esses comportamentos são vistos pelos pesquisadores como benefícios trazidos pela educação e que promovem a independência financeira de pessoas idosas.
"As práticas de educação financeira podem contribuir com a criação da autonomia e empoderamento do consumidor idoso, pois, além de 'oportunizar' acesso às informações sobre os produtos financeiros. Esse tipo de intervenção leva o indivíduo a uma leitura mais crítica sobre o seu comportamento financeiro diante das mais diversas situações cotidianas", apontam os pesquisadores.
Crédito: Studio Romantic/Shutterstock
Para promover independência financeira de pessoas idosas é preciso lidar com o etarismo
Para que a educação financeira seja acessível aos idosos, é essencial combater o preconceito. É preciso lidar com os tabus associados tanto ao envelhecimento quanto à importância do dinheiro.
Os cálculos sobre quanto economizar para ter uma aposentadoria confortável são necessários. Mas é necessário olhar além. Identificar as principais razões pelas quais tantas pessoas chegam à terceira idade sem ter realizado nenhum planejamento financeiro prévio é essencial.
Uma das possíveis razões que podem explicar a falta de preocupação com o tema é o preconceito. Uma vez que discutir abertamente questões relacionadas ao envelhecimento e finanças não é algo comum no âmbito social.
O aumento da expectativa de vida da população e o crescimento do trabalho informal indicam uma perspectiva cada vez mais desafiadora para a sustentabilidade da previdência pública no Brasil. Isso torna o planejamento financeiro e a independência financeira de pessoas idosas questões críticas que requerem uma atenção por parte da sociedade em geral.
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