“Uma imagem vale mais que mil palavras”. A verdade desse velho ditado popular é reconhecida pela ciência. Tanto que existe um campo de conhecimento dentro da Comunicação chamado Semiótica, que estuda a representação dos conceitos, das ideias etc., seja em imagens, seja sob outras formas. E se há estudiosos que se dedicam a isso, é porque somos incrivelmente influenciados pelas imagens. Seja para o bem, seja para o mal. 

Muitas vezes, a influência negativa que as imagens exercem sobre nosso comportamento acontece porque a representação não corresponde de forma adequada ao que é representado. A imagem que tradicionalmente simboliza as pessoas idosas é um ótimo exemplo desse descasamento e das consequências indesejadas que vem daí. 

O corpo encurvado e apoiado sobre uma bengala leva muitos a agir como se velhice fosse sinônimo de fragilidade física, mental etc. Sim, sabemos que a idade é um fator de risco para muitas doenças. Mas será que faz sentido representar as pessoas idosas, todas elas, por um sinal de limitação física? 

Aqui no Instituto de Longevidade MAG, temos certeza que não. Primeiro, porque não é verdade que todos os idosos sejam limitados fisicamente. Ou seja, o corpo encurvado e apoiado na bengala é uma representação errada da realidade das pessoas idosas. Segundo que, mesmo que esta imagem fosse correta: seria ético representar um grupo inteiro por aquilo que ele tem de incapacitante? 

Imagem de um idoso brasileiro sentado no ônibus da cidade.Crédito: BLACKDAY/Shutterstock

Todos queremos ter nossas vidas afirmadas positivamente. E isso não muda após os 60 anos. É por isso que vemos com bons olhos a proposta de, no Município do RJ, passar a se usar um novo símbolo para representar os idosos. Sem dramatizar a velhice como pobre ou doente, nem a superestimar como a “melhor idade” – conceito que vai ao oposto, mostrando idosos tatuados e pulando de paraquedas – a nova imagem sugerida mostra o idoso da melhor forma possível: como ele é. 

No lugar do corpo encurvado, um corpo ereto. A bengala está fora – não é pecado precisar dela; mas simplesmente, não é generalizável. Ao lado da cabeça, os números 60+, para representar a segmentação etária do grupo. Essa é a representação adequada de quem segue ativo, colaborando e dando o melhor de si para sua família, sua comunidade e seu país. 


Para se manter ativo, independentemente da idade, é preciso cuidar da saúde. Por isso, o Instituto de Longevidade preparou um benefício exclusivo para membros: descontos em medicamentos em todo o país. Clique aqui e cadastre-se.


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