A lançamento do documentário Conversas nas Zonas Azuis reacende o debate sobre longevidade e bem-estar ao destacar histórias reais de pessoas que envelhecem com autonomia, vínculos fortes e propósito. O longa, dirigido por Gabriel Martinez, promete ampliar reflexões sobre o envelhecimento ativo. A palavra-chave do filme, presente no título e ao longo do conteúdo, também reforça o interesse crescente do público por narrativas que dão voz a idosos e pesquisadores.
A nova produção surge após o cineasta apresentar ao público obras como “Envelhescência”, “Além do aposento” e “O envelhecer de cada um”. Nesta fase, Martinez se aprofunda em uma investigação conduzida ao longo de dois meses, quando percorreu territórios reconhecidos pelas práticas associadas à longevidade. A jornada inclui regiões famosas como Nicoya, Loma Linda, Okinawa, Icária e Sardenha, além de uma cidade brasileira que surpreende pelos indicadores de vida longa: Veranópolis, no Rio Grande do Sul.
Crédito/Divulgação
A inclusão de Veranópolis no documentário Conversas nas Zonas Azuis
Veranópolis se tornou um ponto central da narrativa. A cidade abriga o Instituto Moriguchi, dedicado há décadas ao estudo do envelhecimento. Graças ao trabalho do geriatra Emilio Moriguchi, o “Projeto Veranópolis” gerou artigos científicos, dissertações de mestrado e teses de doutorado que investigam os hábitos locais. Para o especialista, o segredo está nos relacionamentos. Como afirma Moriguchi: “aprendi isso aqui, antes de os primeiros artigos serem publicados. Meu maior desejo é que ninguém mais chegue a um ambulatório dizendo que envelhecer é um castigo”.
O documentário apresenta histórias de moradores que encaram a velhice com leveza e determinação. David Mazzarollo, de 93 anos, relata sua rotina ativa. “Não vou ficar parado. Se canso, paro uns dez minutos e recomeço”, fala. Flavia Galliazi, de 97, resume sua própria fórmula: “o importante é aprender a perdoar, não guardar rancor”.
A obra também traz relatos marcantes de outras regiões. Paul Damazo, de 98 anos, reflete sobre o próprio futuro: “tenho projetos para os próximos três anos. Em um ano, perdi cinco amigos ‘preguiçosos’ que não viam a hora de se aposentar e não fazer nada”. Já Ramiro Guadamuz, de 101, segue ativo no pastoreio e percorre longas distâncias a cavalo diariamente. A japonesa Nobuko Oshiro, professora de caratê, mantém o planejamento de dar aulas até completar 100 anos.
Para além das geografias, o documentário Conversas nas Zonas Azuis une relatos que evidenciam elementos comuns, como movimento diário, relações profundas, propósitos claros e formas singulares de ver o tempo. Essas histórias revelam que a longevidade se constrói na rotina e ganha força nos laços que mantêm cada pessoa conectada ao mundo.
O filme ficou em cartaz em algumas cidades de São Paulo e há previsão de ficar disponível gratuitamente no canal do YouTube Além do Aposento. Confira o trailer do documentário.
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