O ex-executivo e atual disseminador de educação financeira Roberto Sato tem 65 anos e uma longa história com a caminhada. Dando ao menos 10 mil passos diariamente desde os 51, ele já cumpriu ⅔ de um objetivo muito especial: “dar a volta ao mundo e voltar novamente". Tudo isso caminhando. E o mundo, no caso, pode ser qualquer lugar. O que vale é o número de passos que correspondem a essa jornada de 80 mil quilômetros.

“Quando cheguei aos 49, em 2006, fiquei pensando sobre as coisas que eu gostaria de mudar ou melhorar caso conseguisse chegar aos 100 anos. Comecei a pensar no tema longevidade com qualidade de vida e vi o que seria mais relevante. Percebi que os pontos mais importantes eram saúde física, saúde mental, saúde de relacionamento e saúde financeira”, conta.

Ele explica que levou quase dois anos para chegar a algumas conclusões sobre a receita ideal para envelhecer bem. Com relação à saúde física, além de uma alimentação mais saudável, decidiu começar a praticar a caminhada. Não queria fazer como a maior parte das pessoas, que aguarda ficar doente para procurar ajuda.

“Vi que a caminhada auxiliaria a controlar algumas coisas. Pensei o que eu poderia fazer todos os dias mesmo chovendo, com dor de cabeça, etc. Acompanhei uma palestra sobre nutrição em 2006 e o especialista comentou sobre a importância de dar 10 mil passos por dia para manter a saúde, o corpo em movimento. Fiquei com isso na cabeça e já estava com 51 anos quando comecei. Aí percebi que a caminhada não só melhora a parte física, mas também a parte mental”, diz. “Ou seja, são pilares complementares”.

Foto: Arquivo Pessoal

A caminhada é muito democrática, aponta Sato

Um ponto ressaltado por Sato é que a caminhada é muito democrática. “É para qualquer pessoa. Não precisa ter dinheiro para caminhar. Além disso, é possível caminhar começando aos pouquinhos e na velocidade que se consegue”, diz.

Ele explica que um dos aprendizados da caminhada é que é possível entender melhor o que significa disciplina. “Para mim, disciplina é a gente se convencer todo dia. Vai ter sol, vai ter chuva, e a gente vai mesmo assim. É enfrentar você mesmo”, afirma. 

E a tal disciplina, tão necessária para todos os setores da vida para os quais se quer resultados, acaba começando na caminhada e se expandindo para outras áreas. “Até mesmo para poupar dinheiro é preciso disciplina. E uma atividade física ajuda com isso. É muito complementar”, conta. 

Meta foi estabelecida com cálculos

Para estabelecer a meta de dar uma quantidade de passos suficiente para dar a volta ao mundo e voltar, Sato fez alguns cálculos. “Fiz as contas no dia 12/02, no ano em que faria 51 anos. Pensei primeiramente que minha meta seria pelo menos viver mais trinta anos, ou seja, chegar aos 81. O ideal seria ficar entre 81 e 100. E, para chegar nisso, eu teria que caminhar ao longo dos 30 anos. Então calculei 10 mil passos, ao longo dos 365 dias desses 30 anos. Dá 100 milhões de passos, ou quase 80 mil quilômetros, que equivale a dar a volta ao mundo e voltar”. 

Para conseguir fazer os 10 mil passos por dia, Sato divide a meta diária em partes. Normalmente caminha pela manhã, à tarde e à noite. Em muitos momentos consegue fazer mais de 10 mil passos inclusive. “Aquilo que é planejado se torna mais administrável”, sugere. 

São 14 anos caminhando todos os dias

Ele conta que ao longo de 14 anos não deixou de caminhar um só dia. “Consegui caminhar todos os dias, sem exceção. Até mesmo no dia em que faleceu minha mãe, meu pai ou quando tive que fazer exames com anestesia. Quando você começa a caminhar algumas coisas começam a acontecer. A caminhada ajuda a manter a saúde mental e aguça vários sentidos. Você percebe os passarinhos na rua, passa a observar melhor a vida”, reflete.

A formação do hábito de caminhar é um ponto importante citado por Sato. “Vejo que a caminhada diária se torna um hábito. E  grande aprendizado é a jornada, que é feita de vários meses, vários dias, várias horas. Aquilo que realmente tem valor tem que estar dentro do hábito diário. Não posso pensar que se a caminhada é importante vou fazer só na segunda depois das festas de fim de semana”, diz.

Lugares por onde Roberto Sato realizou caminhada

Foto: Arquivo Pessoal

Como começar a caminhar?

Quando alguém pergunta a Sato como começar a caminhada e adquirir disciplina diária para a atividade, ele brinca. “Não comece caminhando”.  Foi exatamente o que ouviu na mesma palestra que o motivou a praticar a atividade.

“O especialista disse que o primeiro passo, para quem estava sedentário, era simplesmente levantar da cadeira. A cada trinta minutos, fique um minuto em pé. Achei isso tão interessante que tenho um marcador de tempo que me lembra de ficar alguns minutos em pé. Isso porque a energia que usamos ao ficar em pé é mais ou menos o dobro da que usamos quando ficamos sentados. Ninguém vai dormir, por exemplo, quando estiver em pé. Mas sentado até dorme”, ri.

A caminhada pode começar aos poucos, dentro do próprio quarto, da própria casa, do quarteirão, bairro, cidade e etc. “Cada um tem que encontrar dentro do seu espaço e tempo disponível o que funciona melhor. Mas eu percebo que quando caminho em lugares diferentes, fico muito mais atento. Pois pode haver um buraco no meio da rua, pessoas que não conheço, lojas diferentes para olhar. E a vida é isso. Se ficamos sempre no mesmo lugar, a gente entra no piloto automático!”.

Por que começar a caminhada hoje, segundo Sato

Além de cumprir os objetivos estabelecidos, um grande desejo de Sato é alertar outras pessoas sobre a importância de buscar a longevidade a partir de agora. “Os anos passam muito rápido. Quase não sentimos no dia a dia, mas ao vermos as fotos a cada sete anos, por exemplo, há uma diferença enorme. E se com a parte física é assim, imagina o resto?”, questiona.

“O que estamos fazendo agora é o que vai impactar no futuro. Esperar o dia perfeito não existe e nada vai mudar em um estalar de dedos. É preciso disciplina e dar o primeiro passo hoje”, sugere.

Sato gosta de lembrar que a própria evolução da humanidade foi possível porque o homem se movimentou. “Ficar na caverna não foi uma das coisas que nos fizeram chegar até aqui. O homo sapiens teve que andar. Ninguém sabe o que vai acontecer nos próximos milhões de anos, mas a certeza é que nada ficará estático, tudo é movimento. Se o homem simplesmente ficasse parado na caverna nada aconteceria”, brinca.

Confira os aprendizados da caminhada segundo Sato e inspire-se!

  1. Possibilidade de entender melhor o que significa disciplina. 
  2. Aprender a ter paciência.
  3. Ter atitude para dar um primeiro passo e estabelecer objetivos.
  4. Sair da teoria sobre a importância da atividade física e aprender na prática.
  5. Ampliar a visão sobre a importância da saúde física e mental.
  6. Ir lapidando a si mesmo conforme a caminhada se torna um hábito. 

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