Seja pelo calor do momento ou por influência do álcool, muitas pessoas deixam a camisinha de lado. Com isso, acabam se expõem às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Não é à toa que, durante o carnaval, o Ministério da Saúde reforça a distribuição de preservativos. Para o Carnaval 2024, cerca de 700 mil preservativos serão distribuídos em eventos.

Com o slogan “Carnaval, respeito e proteção #TemQueTer”, a campanha do Ministério da Saúde tem o foco na prevenção às ISTs. Além disso, as peças publicitárias também reforçam a importância do respeito, da diversidade e da inclusão durante a folia. 

Mesmo que muitos acreditem que o foco é o público mais novo, “os mais velhos têm a mesma probabilidade de contrair DSTs”, destaca o ginecologista Élvio Floresti Junior. “Eles têm maior preocupação e se protegem mais. Porém, eexiste uma porcentagem considerável que, mesmo com toda a instrução, pensa que são apenas doenças de jovens e acaba não apenas se infectando como também transmitindo a doença para o parceiro”.

Os números mostram isso. Segundo dados do Ministério da Saúde, nos últimos anos, cresceu o número de pessoas com mais de 50 anos diagnosticadas com o vírus HIV. Em 2000, eram 8,64%; em 2010 (até junho), a fatia chegou a 17,23%. E outras doenças também preocupam. “O HPV (abreviação de Vírus do Papiloma Humano) ainda é muito prevalente, e a gonorreia e a clamídia também são frequentes”, afirma o especialista.

Um casal idoso dançando junto em um bloco de carnaval de rua. Imagem para ilustrar a matéria sobre preservativos. Crédito: Luis War/Shutterstock

Preservativos são essenciais em todas as idades

Apesar de o uso de preservativos ser a melhor prevenção, “ainda existe um preconceito entre muitos homens”, diz Floresti Junior, explicando que muitos receiam perder a ereção. Especialistas dizem que os mais velhos tendem a ver camisinhas primeiramente como uma medida contraceptiva. As mulheres, que já não temem uma gravidez não desejada, não insistem em seu uso.

Na pós-menopausa, afirma o ginecologista, as paredes vaginais ficam mais finas e ocorre a diminuição de sua lubrificação. O que pode colocar as mulheres em um risco mais elevado para infecção ao HIV durante a relação sexual. “Pelo déficit de estrógeno - que, além da elasticidade vaginal, dá uma maior proteção na mucosa -, a vagina fica menos protegida. Consequentemente está mais exposta a lesões durante as relações sexuais”, explica Floresti Junior. “E essas lesões ulceradas são mais vulneráveis às ISTs. E, quando comparamos a mulher com o homem, ela é mais vulnerável”, sinaliza.

De acordo com o Ministério da Saúde, apesar do fluxo de informações sobre as ISTs e do acesso aos métodos de proteção, o Brasil enfrenta uma epidemia de casos de HIV. Em 2021, 40,8 mil casos e outros 35,2 mil casos de aids foram notificados. São cerca de 40 mil novos infectados por ano. 


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