Durante o isolamento forçado pela crise do coronavírus, milhares de pessoas tiveram que deixar as academias de lado para buscar outras opções mais viáveis para o momento. Muitas aderiram às aulas online e estão consumindo conteúdos produzidos especialmente para o YouTube. Outras, seguem profissionais no Instagram e acompanham as lives diárias para manter o exercício físico em dia.


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No entanto, essas não são as únicas opções para quem deseja continuar se exercitando em casa. Muitos professores de educação física estão aderindo aos aplicativos mais simples, como WhatsApp e Skype, para continuar dando aulas. Já outros profissionais desenvolveram soluções tecnológicas próprias para ajudar a manter os alunos em forma.

A importância do exercício físico em meio à crise do coronavírus

Ana Cristina Mendes, master trainer da Technogym, afirma que é muito importante estar sempre ativo, mesmo em época de quarentena. “Nós precisamos nos manter o mais ativos possíveis, porque o exercício físico melhora o nosso sistema imunológico.”

Ela também explica que essas atividades fazem bem, não só para o nosso corpo, mas para a nossa mente também. Isso acontece porque o exercício físico contribui para a liberação de serotonina, uma substância importante por provocar a sensação de prazer e bem-estar.

“É um período em que nós estamos deixando de fazer tanta coisa que gostamos. Estamos um pouco mais isolados socialmente e muitas pessoas não conseguem visitar seus familiares”, aponta. “Então tudo isso vai aumentando a quantidade de cortisol em nosso corpo”.

O cortisol é o hormônio responsável por provocar o estresse. Quando uma pessoa pratica exercícios físicos, consegue diminuir as quantidades dessa substância no corpo, aumentando aquelas que fazem bem, como a serotonina e a endorfina. “Então nós precisamos equilibrar essa balança diante de todo o enfrentamento que teremos nesses dias”, comenta a master trainer.

“E você não precisa de muito para manter-se ativo em casa”, afirma Ana Cristina. Para ela, um espaço adequado, roupas confortáveis e acesso a tecnologias podem ajudar qualquer um a se manter em forma. “Alguns aplicativos, como o My Wellness, da Technogym, oferecem diariamente várias séries de exercícios para os usuários de forma gratuita”, ensina.

Como treinar com sua turma de funcional durante a quarentena

Carlos Alexandre da Silva, profissional de educação física, costumava dar aulas de funcional toda semana na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Assim que as pessoas começaram a se isolar por causa do coronavírus, ele suspendeu as aulas presenciais e passou a usar a tecnologia para treinar com seus alunos.

“Tenho gravado vídeos e encaminhado aos meus alunos para que eles façam o treinamento em casa”, explica. “Tenho feito aulas ao vivo também através de videoconferência”. Assim, ele consegue acompanhar virtualmente a execução de cada movimento e fazer um treinamento diferente todo dia, dependendo das necessidades de cada aluno.

exercício físico

Crédito: Leszek Czerwonka/shutterstock

Para as videochamadas, Silva utiliza o Whatsapp e, quando tem mais de cinco pessoas ao mesmo tempo, o Skype. “Assim, fica bem mais fácil fazer as aulas coletivas com todo mundo durante a quarentena”, conta.

Outro ponto destacado pelo profissional é a forma como a tecnologia tem ajudado os alunos de suas turmas de funcional a se manterem unidos, apesar da distância. Para ele, contribui para manter a moral elevada, já que é possível ter interação com outras pessoas, mesmo que seja através da tela do celular.

Aulas gravadas ou ao vivo?

O exercício físico também se torna mais eficaz quando é feito através de uma videochamada ao vivo, já que é possível acompanhar os movimentos dos alunos e perceber o que precisa ser melhorado. “Ajuda muito, pois facilita minha visão na hora de corrigir o movimento de cada um”.

Ao contrário das aulas gravadas, com as aulas feitas por videoconferência o professor consegue montar um treino personalizado de acordo com cada pessoa. “Quando você monta uma aula geral, para todo mundo, não dá para trabalhar o individual do aluno. Já se fizer videochamadas individuais, consegue explorar as particularidades de cada um e analisar erros e acertos”.

Gravar as aulas ou fazer as videochamadas também não exige muito, tanto do profissional quanto dos alunos. “Preciso apenas do meu celular e da internet”, afirma. “O importante é não ficar parado e continuar praticando exercício físico em casa”.


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