Cada fase da vida tem suas dores e delícias, e assim também é no processo de envelhecimento. Naturalmente, em muitos casos, pessoas com mais de 60 anos começam a ter limitações físicas e/ou cognitivas. Mudanças que dificultam a sua independência. Nesse momento delicado, pensamos em trazê-las para perto e voltar a morar embaixo do mesmo teto. Porém, morar com pais idosos pode não ser bem aceito pelos próprios pais. Então, o que fazer quando eles não aceitam morar com os filhos?
Antes de desdobrarmos o assunto e compartilhar maneiras de lidar com a situação, é importante considerar por que a decisão precisa ser tomada. Antonio Leitão, gerente do Instituto de Longevidade, explica que existem diferentes razões que podem levar pais idosos a se mudarem para a casa do filho.
“Normalmente isso vai acontecer por conta da diminuição da autonomia (capacidade cognitiva de gerir a própria vida), da independência (capacidade física de gerir a própria vida) ou da capacidade financeira desses pais de morarem sozinhos. Ou de uma combinação desses fatores.”
Quando devo convidar meus pais idosos a morarem comigo?
Ainda que seja uma pergunta subjetiva e particular, o momento mais propício é quando a gravidade das limitações dos pais idosos pode interferir diretamente no bem-estar deles. Com o avançar da idade, é comum que atividades rotineiras se tornem perigosas. Por isso, é preciso investir em segurança dentro de casa.
“O risco de agravos para a vida da pessoa idosa em estar sozinha tem que superar os custos para todos os envolvidos”, comenta Leitão. "Não estamos falando apenas de custos financeiros. A acomodação de uma pessoa, ainda que querida, dentro de casa pode ter um custo emocional bem grande”, completa.
Se existe um consenso de que a melhor escolha é realmente morar com pais idosos, como fazer com que entendam a necessidade e se sintam menos incomodados com a mudança? Leitão defende que toda a articulação deve ser franca.
“É preciso ser transparente a respeito de quais elementos foram pesados na balança e buscar demonstrar com a máxima clareza por que a mudança precisa ocorrer.”
E, em caso de contrariedade por parte dos pais, o gerente do Instituto de Longevidade reforça que existe apenas um caminho. O ideal é “conversar muito e ter paciência de explicar quantas vezes for necessário o motivo da decisão”.
Além disso, é importante ter em mente que, ao morar com pais idosos, algumas medidas de precaução devem ser tomadas. Para que, dessa forma, eles se sintam seguros e confortáveis no novo lar. Uma dica é incorporar à casa alguns elementos que esse parente goste, como um objeto de decoração. Em certos casos, reposicionar móveis, instalar barras de segurança e outras adaptações são necessárias.
Crédito: Julio Rivalta/Shutterstock
Como melhorar a rotina ao morar com pais idosos
Um dos problemas mais críticos e comuns nesses casos acontece quando os pais se sentem um fardo. Para minimizar o desconforto, Leitão recomenda que a privacidade e rotina da casa sejam mantidas, na medida do possível. Outra dica importante é mostrar que todos os moradores estão alinhados com a situação.
No dia a dia, o idoso precisa colaborar com algo na nova dinâmica familiar e manter hábitos da vida pregressa. “Dentro das suas capacidades (dependendo do que causou a mudança), ele pode cozinhar, fazer as compras ou cuidar de um neto”, pontua. “Se a pessoa tem hábitos de ir a determinado lugar, visitar certas pessoas, é recomendável que o continue fazendo, se há possibilidade”, explica Leitão.
Se sua família decidiu morar com pais e precisa de mudanças em casa, o Programa de Benefícios ViverMais pode te ajudar. O ViverMais conta com profissionais qualificados para a manutenção da casa de seus associados.
Aqueles que precisam de ajuda com encanamento, eletricidade, entre outras necessidades, têm suporte 24 horas. Além disso, o benefício inclui instalação de fita antiderrapante, barras de segurança e fixação de acessórios. Tudo para proporcionar o maior conforto possível.
Torne-se um associado e tenha esse e outros benefícios com um preço que cabe no seu bolso.
Leia também:
Assistência Residencial: ela é fundamental e faz parte do Programa ViverMais
Declínio cognitivo: pesquisas mostram que atividade física previne doenças ao envelhecer
Saúde mental na terceira idade: confira dicas para manter a cabeça funcionando bem
