De acordo com um estudo publicado na revista científica Plos One, a longevidade aumentou em quase todo o mundo. A pesquisa é fruto da colaboração de economistas e demógrafos de diversas partes do mundo. O estudo revela que a expectativa de vida está aumentando em praticamente todos os países.

Entre os países mais longevos, a expectativa de vida já ultrapassa os 80 anos. O Japão está entre esses países, juntamente com algumas regiões da Europa e América do Norte. A previsão é que, até 2030, a expectativa de vida alcance os 83 anos para os homens e 86 anos para as mulheres nessas regiões.

A longevidade aumentou em boa parte do mundo, porém, alguns países não acompanharam esse processo. É o caso de Guiné-Bissau, República Centro-Africana e Uganda. Nesses países, a expectativa de vida mal chega aos 60 anos de idade. Em 2030, a previsão é de que a média de vida para homens atinja 61 anos, enquanto para mulheres seja de 62 anos.

Mesmo com os piores índices, ao comparar com outros locais, esses países africanos também tiveram melhorias em seus indicadores nos últimos anos. A perspectiva é que continuem esse avanço ao longo da próxima década.

Longevidade aumentou e diferença entre expectivada de vida entre homens e mulheres diminuiu

Os pesquisadores analisaram dados oficiais contemplando o período de 1990 a 2020. Com as informações, realizaram uma projeção para 2030. Confirmaram, assim, o aumento da longevidade em escala global.

David Atance, investigador principal do estudo, enfatizou que todos os indicadores apresentam melhorias nos grupos analisados. No entanto, entre 2000 e 2020, observou-se uma redução da diferença entre homens e mulheres. Importante destacar que as mulheres sempre apresentam uma maior expectativa de vida.

Atance explicou que essa redução se deve à entrada das mulheres no mercado de trabalho. A adoção de alguns hábitos, como tabagismo, consumo de álcool ou trabalho excessivamente árduo também impactaram nessa mudança. Isso porque, há algumas décadas, esses hábitos eram mais característicos dos homens.

Nos países com maior expectativa de vida, a longevidade em 1990 era de 72 anos para os homens e 77 para as mulheres. Em 2010, esses números avançaram para 78 anos para os homens e 83 para as mulheres. A projeção dos pesquisadores é que em 2030 a expectativa de vida nesse grupo atinja 83 anos para os homens e 86 para as mulheres. Em destaque estão Espanha e Japão, que já superam a média nesse grupo.

No extremo oposto da tabela, nos países com menor longevidade, a expectativa em 1990 era de 44 anos para os homens e 50 para as mulheres. Em 2010, esses números aumentaram para 57 e 61, respectivamente. Os pesquisadores acreditam que, até 2030, a média de vida para homens nesses países alcance 61 anos, enquanto para as mulheres seja de 62.

casal asiático sênior desfrutando de bons momentos ao ar livre no parque ao entardecer, feliz e sorridente. Imagem para ilustrar a matéria sobre longevidade aumentou. Crédito: imtmphoto/Shutterstock

Como a pesquisa foi elaborada

Para identificar que a longevidade aumentou, foi necessário avaliar diversos países. Os pesquisadores analisaram dados de 1990 a 2020, confirmando o aumento global da longevidade. Identificaram fenômenos específicos, como a diminuição da expectativa de vida pós-dissolução da URSS e a crise da AIDS na África.

Destacaram a cautela necessária em relação a projeções futuras, dada a possibilidade de mudanças devido a eventos inesperados. Classificaram 194 países em cinco grupos com base na longevidade.

Os 194 países foram agrupados em cinco categorias, abrangendo desde nações desenvolvidas até aquelas com menor expectativa de vida. O primeiro grupo inclui países como os da Europa, América do Norte, Japão, Austrália e Nova Zelândia. Já o quinto grupo engloba nações com baixa expectativa de vida, como Ruanda, Guiné-Bissau, República Centro-Africana, Uganda e Lesoto.

O segundo grupo abrange países em desenvolvimento, como Rússia, China, algumas nações mais ricas da América Latina e do Norte de África. O terceiro grupo engloba a maioria dos países latino-americanos, além da Síria e das nações do sudeste asiático. O quarto conjunto incorpora a maioria dos países africanos.


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