A solidão atinge aproximadamente uma em cada 12 pessoas em todo o mundo, independentemente de fronteiras ou diferenças culturais. Os efeitos da solidão são ainda mais impactantes para pessoas idosas, trazendo diversos problemas para o cotidiano.

De acordo com uma pesquisa recente realizada na Europa, até 13% dos participantes relataram ter experimentado solidão na maior parte do tempo nas quatro semanas que antecederam o estudo. Os efeitos da solidão não apenas comprometem o bem-estar emocional das pessoas, mas também estão relacionados ao desafio de saúde pública. Isso porque o problema representa risco de doenças mentais e cardiovasculares.

A solidão temporária existe e é algo comum. Uma experiência comum com impactos limitados na saúde e no bem-estar das pessoas, dada sua natureza efêmera. Porém, quando ela se prolonga, a solidão pode se tornar crônica, sendo uma ameaça para a saúde.

É importante destacar que os efeitos da solidão no cérebro de pessoas idosas são ainda mais preocupantes. O isolamento e a sensação de estar só afeta diretamente as funções mentais. O que pode provocar problemas cognitivos graves.

Uma mulher idosa, sentada na cama, com as mãos no rosto e uma expressão de tristeza. Imagem para ilustrar a matéria sobre efeitos da solidão. Crédito: Davor Geber/Shutterstock

Entenda os efeitos da solidão no cérebro de pessoas idosas

Para compreender os efeitos da solidão no cérebro de idosos, é necessário olhar para as descobertas mais recentes da neurociência e psicologia.

Pesquisas recentes mostraram que pessoas idosas que vivem sozinhas têm um aumento na ativação do sistema nervoso simpático e uma diminuição na regulação do sistema nervoso parassimpático. O sistema nervoso parassimpático é responsável pelo descanso e recuperação do corpo e do cérebro. Essas mudanças podem dificultar a capacidade do cérebro de se adaptar e de gerar novas células cerebrais.

Outras pesquisas trazem cenários ainda mais complicados. As mudanças físicas no cérebro podem provocar doenças neurodegenerativas, como Alzheimer, Parkinson e outras formas de demência. Por outro lado, estudos anteriores indicam um maior risco de problemas cognitivos leves e desenvolvimento de demência em fases mais avançadas da vida.

E, para piorar, a ausência de interações sociais pode afetar várias habilidades cognitivas. Impactam na memória episódica, na memória de trabalho, na atenção prolongada e na flexibilidade cognitiva. Além disso, isso aumenta o risco de desenvolver depressão, ansiedade e estresse crônico.

Essa combinação de desafios impacta os efeitos cognitivos e funcionais geralmente relacionados ao envelhecimento.


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