O Outubro Rosa volta a colocar em evidência os desafios na luta contra o câncer de mama. Esta é uma das doenças que mais afetam mulheres no Brasil e no mundo. Apesar dos esforços de conscientização, o país ainda está distante da meta de cobertura de mamografias definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo dados recentes, menos de 40% das mulheres entre 50 e 69 anos realizam o exame. O número é muito inferior aos 70% recomendados.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), até 30% dos diagnósticos de câncer de mama no país ainda ocorrem em estágio avançado. Isso reduz as chances de sucesso no tratamento e aumenta os custos para o sistema de saúde. A detecção precoce continua sendo o principal caminho para reduzir a mortalidade. Porém, o rastreamento ainda enfrenta obstáculos estruturais e regionais.
Medida busca ampliar o acesso ao exame
O Ministério da Saúde anunciou recentemente uma mudança importante nas diretrizes de rastreamento. A partir de agora, mulheres a partir de 40 anos já podem realizar a mamografia. O exame para a faixa pode acontecer mesmo sem sintomas, desde que tenham recomendação médica. Antes, a faixa etária indicada era de 50 a 69 anos.
A atualização tem como objetivo facilitar o diagnóstico precoce e salvar vidas. Estudos internacionais apontam que a mamografia pode reduzir em até 40% as mortes por câncer de mama quando realizada com regularidade. Especialistas afirmam que muitos tumores não são palpáveis nas fases iniciais, sendo detectáveis apenas por meio do exame.
Campanhas reforçam os desafios na luta contra o câncer de mama
Neste Outubro Rosa, a campanha “Juntos Somos Mais Fortes” destaca a importância do rastreamento. Além disso, ressalta a informação como ferramentas de combate à doença. A iniciativa reúne entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), o Colégio Brasileiro de Radiologia e a Sociedade Brasileira de Mastologia.
Essas instituições reforçam que a mamografia é insubstituível no rastreamento. Também apontam que a ampliação do acesso é fundamental para reduzir desigualdades. Em diversas regiões do país, especialmente nas áreas rurais e nas periferias, o número de exames realizados é muito inferior à média nacional. Essa disparidade revela um problema persistente na oferta de serviços de saúde e mostra que os desafios na luta contra o câncer de mama vão além da conscientização. Eles envolvem também políticas públicas efetivas e infraestrutura adequada.
Crédito: AYO Production/Shutterstock
Desigualdade regional e baixa cobertura
Entre os principais desafios apontados por especialistas estão a baixa cobertura do exame no Sistema Único de Saúde (SUS) e as desigualdades regionais. Em estados do Norte e Nordeste, a distância entre municípios e a falta de equipamentos limitam o acesso ao rastreamento. Além disso, o tempo de espera para realizar o exame e obter o resultado ainda é elevado em muitos locais.
As entidades médicas envolvidas na campanha ressaltam que o diagnóstico precoce é o maior aliado das mulheres. Informar a população sobre a importância da mamografia e garantir que o exame esteja disponível são passos fundamentais para reduzir os índices de mortalidade.
O Outubro Rosa segue, portanto, como um lembrete de que os desafios na luta contra o câncer de mama permanecem. A mobilização de instituições, profissionais de saúde e da sociedade é essencial para que o Brasil alcance a meta da OMS e amplie o acesso à prevenção.
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