Um estudo recente liderado por pesquisadores brasileiros aponta que exercícios físicos beneficiam idosos com câncer, inclusive em estágios avançados. A pesquisa, apresentada no Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO 2024), revela que pacientes oncológicos com mais de 65 anos podem melhorar a qualidade de vida por meio da prática regular de atividades físicas moderadas. O congresso, realizado em Chicago, nos Estados Unidos, destacou os resultados do trabalho, que podem redefinir as abordagens para o tratamento de idosos com câncer.

A pesquisa, conduzida pelo oncologista Paulo Bergerot, representante da América Latina na Sociedade Internacional de Oncologia do Exercício, mostrou que uma rotina de exercícios físicos beneficia idosos com câncer de diversas formas. Uma delas é a promoção do alívio de alguns dos efeitos colaterais causados pela quimioterapia e a imunoterapia. Durante 12 semanas, 41 pacientes com cânceres em estágios avançados participaram do estudo. Eles mostraram uma melhora significativa na qualidade de vida, com um aumento de cerca de 10 pontos na escala FACT-G. Essa escala é usada para medir o bem-estar físico, social, emocional e funcional dos pacientes.

Segundo Bergerot, o resultado mais surpreendente é que os exercícios não apenas ajudam na recuperação física. Eles também fortalecem o sistema imunológico e melhoram o humor dos participantes. “A grande mensagem desse estudo é que o paciente em tratamento oncológico deve ficar ativo. Não existe mais essa história de manter o paciente resguardado, economizando energia por causa do tratamento. É exatamente o contrário”, afirmou o oncologista à CNN.

Um homem idoso treinando e esticando o braço, enquanto acompanha exercícios pelo laptop. Imagem para ilustrar a matéria sobre exercícios físicos beneficiam idosos com câncer. Crédito: eggeegg/Shutterstock

Exercícios físicos beneficiam idosos com câncer até casos mais graves

Um dos pontos mais importantes do estudo é que os exercícios físicos beneficiam idosos com câncer, mesmo nos estágios mais avançados da doença. Todos os participantes estavam iniciando tratamentos sistêmicos, como quimioterapia ou imunoterapia, e enfrentaram o desafio adicional de manter uma rotina de exercícios apesar dos sintomas do câncer.

A personalização foi a chave para o sucesso. Cada paciente teve sua rotina de exercícios adaptada à sua condição clínica e aos recursos disponíveis. Sempre com o auxílio de um educador físico. Para muitos idosos, realizar atividades físicas pode parecer uma missão quase impossível, principalmente durante um tratamento oncológico. Contudo, o estudo demonstrou que, com orientações adequadas e exercícios personalizados, é possível melhorar o bem-estar físico e emocional dos pacientes.

Os resultados dessa pesquisa podem redefinir a maneira como os médicos e profissionais de saúde abordam o tratamento de idosos com câncer. A inclusão de uma rotina de exercícios personalizados no plano de tratamento pode se tornar uma recomendação padrão. Dessa forma, poderá contribuir para a recuperação e o bem-estar dos pacientes. Como o estudo demonstrou, exercícios físicos beneficiam idosos com câncer, independentemente do estágio da doença. Logo, eles se tornam uma ferramenta crucial no combate aos efeitos adversos do tratamento.

A pesquisa reforça a importância de se adotar uma abordagem holística no tratamento do câncer, que considere tanto os aspectos físicos quanto emocionais. O oncologista Paulo Bergerot acredita que esses resultados são um passo importante para futuras recomendações globais.


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