A contratação de crédito consignado por beneficiários do INSS apresentou alta de 25% nos primeiros seis meses deste ano, com relação a igual período de 2019. Os dados são do último boletim mensal de Estatísticas Monetárias e de Crédito do Banco Central do Brasil.

De acordo com o informe, o montante de novas operações passou de R$ 37 bilhões, em 2019, para R$ 46,1 bilhões, neste ano. Já o saldo de dívidas do consignado do INSS passou de R$ 786 bilhões para R$ 855 bilhões no mesmo período.

Ao todo, o INSS tem hoje 34,4 milhões de contratos ativos. Mas vale lembrar que um mesmo beneficiário pode ter até nove contratos simultâneos, desde que o valor total da dívida não ultrapasse a margem de 30% de sua renda.

Dados de um estudo feito em 2019 pela LCA Consultores a pedido do jornal Folha de S.Paulo mostram um aumento de 12% no número de famílias brasileiras que dependem da renda de uma pessoa idosa para o sustento. Segundo a pesquisa, a quantidade de lares em que mais de 75% da renda vem da aposentadoria de um membro da família passou de 5,1 milhões para 5,7 milhões no último ano. Ao todo, pouco mais de 10,8 milhões de brasileiros dependem de um parente com mais idade para viver. Nesses lares, o número de desempregados é quase do dobro da média do país.

Pandemia do novo coronavírus também pode ter impulsionado a contratação de crédito consignado

Para tentar minimizar o impacto econômico que a pandemia do novo coronavírus está causando nas famílias, o governo brasileiro anunciou uma série de medidas de apoio a aposentados e pensionistas do INSS, como a antecipação do 13º salário e a possibilidade de um 14º ainda este ano. No entanto, essa parcela da população não foi contemplada com o auxílio emergencial, que começou em R$ 600 e atualmente está em R$ 300.

As regras do empréstimo consignado também passaram por ajustes para beneficiar esse grupo de pessoas. Em março deste ano, o Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) aprovou a redução do teto dos juros de 2,08% para 1,80% e a ampliação do prazo para pagamento da dívida de 72 para 84 meses.

Outras mudanças foram regulamentadas pelo INSS no final de julho e terão validade até 31 de dezembro de 2020: a diminuição do prazo de bloqueio de um novo benefício de 90 para 30 dias e carência de 90 dias para o pagamento da primeira parcela.

De acordo com o economista Mauro Guimarães, todas essas ações foram responsáveis pelo crescimento na procura por crédito consignado.

“A pandemia já causou a demissão de mais de 3 milhões de trabalhadores brasileiros nos últimos quatro meses. Neste cenário, os aposentados estão ganhando cada vez mais protagonismo como mantenedores das famílias”, afirmou Guimarães. E concluiu: “com o aumento das despesas e as facilidades para a contratação de empréstimos, a solução mais atraente tem sido recorrer ao consignado”.

O economista acredita que esse número subirá ainda mais até o final do ano. “O governo continua estudando novas medidas de apoio, como a suspensão de algumas parcelas enquanto durar a pandemia. Com certeza essas novidades vão atrair cada vez mais aposentados e pensionistas do INSS em busca de uma tábua de salvação”, acrescentou.


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