A vida pós-aposentadoria é uma nova fase para todas as pessoas que alcançam esse marco. Contudo, nem todos encontram um novo propósito nesse momento. Quando isso acontece, de acordo com os especialistas, a “depressão pós-aposentadoria” pode surgir.

O distúrbio, no entanto, não consta no Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), publicado pela Associação Americana de Psiquiatri. Também não está na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID).

Porém, um estudo de 2013 do Institute Economics Affairs (IEA), com sede em Londres, alerta para a situação. Segundo a pesquisa, parar de trabalhar pode aumentar em 40% o risco de depressão e em 60% o de doenças físicas.

“Na maioria das vezes, os pacientes não se queixam de tristeza, mas de vazio. É como se vivessem num ‘grande domingo que nunca acaba’. Atribuo esse sentimento à falta de propósito. Quando temos projetos, o futuro existe. Quando não temos, os dias são todos iguais”, comenta a psiquiatra Tânia Correia de Toledo Ferraz Alves, da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em entrevista ao Estadão.

Segundo a especialista, os sintomas da "depressão pós-aposentadoria" podem envolver dores no corpo, falta de sono, perda de apetite, dificuldade de concentração e lapsos de memória, entre outros. Os tratamentos envolvem dois fatores: o psicossocial e o farmacológico. Um é uma técnica que combina aspectos sociais e psicológicos e o outro é a terapia que prescreve remédios antidepressivos, com orientação médica.

Importante ressaltar que melhor do que tratar é prevenir o quadro. A recomendação de especialistas é que as pessoas pensem em um propósito para a vida pós-aposentadoria. Um projeto abandonado, um sonho que nunca foi realizado ou mesmo um serviço que gosta e tem interesse. Essa fase da vida é uma oportunidade para resgatar e realizar todos esses projetos pessoais.

Um casal de idosos planejando a vida pós-aposentadoria. Crédito: Monkey Business Images/Shutterstock

Vida pós-aposentadoria faz bem à saúde

Em 2015, um outro estudo britânico da IEA mostrou um resultado diferente da publicação de 2013. Após monitorar os dados de mais de 10 mil famílias, a pesquisa chegou à conclusão de que a aposentadoria faz bem à saúde. O estudo foi orientado pela equipe do economista Peter Eibich, da Universidade de Oxford, com o objetivo de avaliar o impacto da aposentadoria na saúde do trabalhador.

Entre os resultados, notou-se que os aposentados britânicos dormem mais, se estressam menos e se exercitam mais do que pessoas da mesma idade que ainda trabalham. Esses são alguns dos motivos pelo qual esse grupo vai ao médico 25% menos em comparação com quem ainda trabalha.

Também em entrevista ao Estadão, a geriatra Ronny Roselly Domingos, especialista em envelhecimento ativo da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) comenta que muitas pessoas não se preparam para a aposentadoria.

A vida pós-aposentadoria pode ser um recomeço para muitos. Alguns trabalhadores, após um período de descanso, desejam ou necessitam retornar ao mercado de trabalho. A necessidade, por um lado, de acordo com Ronny, pode trazer impactos negativos para a saúde. Principalmente quando se trabalha em algo de que não se gosta.

Por outro lado, como oportunidade, o retorno pode ser benéfico à saúde física, mental e também financeira.

Planejamento mental e financeiro na vida pós-aposentadoria

O preparo financeiro para a vida pós-aposentadoria é mais importante do que se pensa. E, como sempre é falado por especialistas aqui no Instituto de Longevidade, quanto antes começar, melhor. Esse é um investimento em tranquilidade e segurança para garantir a sua Longevidade Financeira.

O conceito de Longevidade Financeira fala sobre se preparar hoje para garantir um futuro com mais estabilidade financeira. É importante destacar que para viver mais, é necessário que haja um maior planejamento financeiro. E a humanidade caminha para uma vida cada vez mais longeva.

Imagine viver uma vida pós-aposentadoria sem estabilidade e, ainda, ultrapassando a margem dos 80, 90, 100 anos. Por esse motivo, o planejamento financeiro é fundamental para a garantia de um futuro breve.


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