Você se lembra quando abriu sua primeira conta em banco? Esse é um momento especial pra muita gente, pois marca o início da independência financeira. Portanto, ao nos tornarmos clientes dos bancos queremos ter segurança de que será feito o melhor uso do nosso dinheiro, certo? Porém, não é sempre assim e muitas vezes as instituições acabam nos colocando em situações ruins.

Ocorre que muitos bancos, na ânsia por aumentar seus lucros, oferecem produtos financeiros que não são vantajosos para os clientes. Nessas situações, quem não tem conhecimento sobre finanças acaba sendo enganado e são altas as chances de perder dinheiro (ou pelo menos deixar de ganhar mais).

Para te ajudar a não cair na "lábia de gerente", preparamos essa lista com 5 armadilhas frequentemente feitas pelos bancos. Confira e fique alerta!


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5 armadilhas dos bancos para não cair


  • “O cheque especial é ótimo para emergências”

O cheque especial é um limite de dinheiro que o banco oferece caso você precise gastar um valor da sua conta, mas não tenha saldo suficiente. No momento da necessidade, pode parecer uma ótima alternativa. 

Mas, não é bem assim. Além de apontar para um descontrole financeiro, o uso do cheque especial pode ser a porta de entrada para o endividamento.

O motivo é que os juros do cheque especial são muito altos. Atualmente, é o segundo mais caro cobrado pelos bancos, perdendo apenas para os juros do rotativo do cartão de crédito.   “O cheque especial cumpre exatamente o papel que uma reserva de emergência deveria cumprir”, alertou o especialista em finanças pessoais e colunista do portal do Instituto de Longevidade MAG, Hirbis Girolli.


  • “Título de capitalização é investimento”

O título de capitalização é uma das aplicações frequentemente oferecidas pelos bancos. Muitas vezes, os gerentes dão a entender que se trata de um investimento, mas na verdade o título de capitalização está mais para um jogo de sorte.

Nesse tipo de aplicação, o correntista se compromete ao pagamento de um valor mensal ou pago de uma vez. Depois de feita a aplicação, poderá concorrer a sorteios durante um período estabelecido pelo banco. Ao final do prazo, poderá fazer o resgate do dinheiro que aplicou.

O problema é que nem sempre o cliente vai conseguir recuperar todo o capital aplicado. O motivo é que os bancos debitam, pelo custo de administrar o seu dinheiro no título de capitalização, taxas como cotas de sorteio e cotas de carregamento.

É importante ficar atento ao valor da taxa de rendimento. A correção é feita por taxa referencial, que hoje está zerada no Brasil. Sendo assim, o título de capitalização rende menos que a poupança (esta, aliás, é outra “presepada” que o gerente do banco coloca para você) e o dinheiro aplicado acaba perdendo valor frente a inflação.

Você ainda pode contestar que o título de capitalização te dá a chance de concorrer aos prêmios. Porém, não se deixe enganar: além das chances de premiação serem baixas, na maioria das vezes, quanto maior o prêmio, maior a cota de sorteio paga ao título. Consequentemente, menor será o seu capital de resgate.


Lábia de gerente? Conheça 5 pegadinhas dos bancos para não cair


  • “A poupança é o melhor e mais seguro investimento”

A poupança é, ainda hoje, o investimento preferido dos brasileiros. Muito dessa popularidade se deve à falta de educação financeira no país. Em síntese, o brasileiro investe na poupança porque só conhece a poupança como opção de investimento. Além disso, por muito tempo ela foi divulgada como a opção mais fácil, cômoda e segura para investir.

Felizmente isso vem mudando ao longo dos últimos anos e os brasileiros vêm conhecendo e aplicando em outras variedades de investimentos mais rentáveis e igualmente seguros. Afinal, muitos têm proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que assegura investimentos de até R$ 250 mil.

No quesito facilidade também é preciso destacar que há opções de aplicações no mercado que permitem fazer o investimento pelo próprio celular. Além disso, caso precise, o resgate pode ser feito no mesmo dia.


  • “Aprovamos seu empréstimo, mas só se você comprar o título de capitalização”

Você quer adquirir um produto financeiro, como um empréstimo, e o gerente diz que para isso terá que comprar um título de capitalização ou um fazer um seguro? Não caia nessa cilada. O nome disso é venda casada e essa prática é proibida por lei.


  • “Faça um consórcio para pagar menos que o financiamento”

O consórcio é um método de compra em grupo que pode ser um facilitador para comprar um bem ao qual você não teria acesso se tivesse que comprar à vista. No consórcio, os integrantes pagam uma taxa mensal, suficiente para a compra de uma ou mais unidades desse bem.

Também a cada mês, uma ou mais pessoas são sorteadas para receber a carta de crédito. Ela vai permitir o pagamento do bem à vista. Assim ocorre a cada mês, até que todos os integrantes do consórcio tenham sido contemplados.

O que muitos não observam é que, quando o consórcio é feito por meio de um banco, a empresa que administra esse consórcio e cobra taxas para prestar esse serviço.  Além disso, o consórcio pode ter outros custos como fundo de reserva e seguro prestamista, que garante o dinheiro à administradora caso os participantes fiquem inadimplentes.


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