Uma tentativa de golpe no WhatsApp viralizou nas redes sociais por conta de seu desfecho inusitado. Nas plataformas digitais uma das vítimas relatou ter sido abordada por um golpista com um pedido de depósito. Porém, ela conseguiu reverter a situação e acabou fazendo com que ele depositasse dinheiro em sua conta. Entenda abaixo o que aconteceu!
“Dei um golpe no golpista”, escreveu Jéssica Bernardo. A moradora do Rio de Janeiro publicou em seu perfil nas redes sociais os prints da conversa que teve com o golpista.
Nas mensagens, ela é abordada pela conta de uma amiga que tinha sido invadida pelo hacker. Porém, Jéssica já estava ciente do ocorrido e, por isso, não caiu na lábia do criminoso.
Pelo contrário: ao receber o pedido de que fizesse uma transferência PIX no valor de R$ 980, ela colocou uma condição. Disse ao golpista que só poderia fazer a transferência se fosse depositado um crédito no celular de Jéssica. Dessa forma, ela teoricamente teria acesso à rede de internet e conseguiria fazer a transferência solicitada pela “amiga”.
Porém, era apenas uma armadilha de Jéssica para o criminoso. Ele depositou um crédito de R$ 20 no celular. Logo em seguida, ela revelou a verdade: de que sabia que se tratava de um golpe e que não iria fazer nenhum PIX.
A publicação de Jéssica viralizou nas redes sociais, tendo mais de 9 mil compartilhamentos e mais de 3 mil comentários. A maioria das pessoas se divertiu com a reação da vítima, mas você saberia como agir em uma situação como essa?
Confira a seguir como proteger seu patrimônio e não cair em golpes no WhatsApp.
Como não cair em golpe no WhatsApp
Para escapar do golpe como Jéssica, primeiramente, o usuário dos aplicativos de troca de mensagem deve se prevenir. Sabendo do mecanismo de ação dos criminosos, você poderá ficar alerta a sinais de que aquele contato é uma armadilha.
A primeira etapa do golpe no WhatsApp é a clonagem ou acesso do criminoso a uma conta. Para isso, ele utiliza várias estratégias sempre com o intuito de roubar seus dados e ter acesso a sua conta no aplicativo para, depois, tentar convencer seus contatos a transferirem dinheiro para uma conta bancária específica.
Portanto, se houver promessas fáceis de algum ganho, pode desconfiar. Se te solicitarem que informe seus dados ou algum código, também é motivo para desconfiança.
Ativar a autenticação de dois fatores é uma ferramenta importante para sua segurança. O mecanismo é disponibilizado dentro das configurações do próprio aplicativo. Com a verificação em duas etapas, você irá registrar um código próprio. Esse número será solicitado quando a sua conta for acessada em outro telefone ou de forma esporádica, para garantir que o dono da conta é quem utiliza aquele número no momento.
Importante: para não correr o risco de perder a sua conta, é essencial anotar o número PIN escolhido durante a ativação da autenticação de dois fatores e não compartilhá-lo com ninguém.
Em entrevista ao Instituto de Longevidade MAG, o advogado Cassio Faeddo fez ainda outra recomendação: sempre registrar o ocorrido nos órgãos oficiais. Além de ajudar na investigação policial, esta é uma forma de se resguardar caso os seus dados sejam utilizados em crimes por terceiros.
Segundo ele, nos casos de clonagem, é possível acionar órgãos de defesa do consumidor, como o Procon, entrar com ação na Justiça pleiteando danos morais e materiais e registrar queixa na Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), após relatar o ocorrido à operadora. A Polícia Civil de cada Estado também deve ser notificada.
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