O preço dos planos de saúde no Brasil subiu 327% entre 2006 e 2024. O valor representa quase o dobro da inflação geral no mesmo período. Enquanto os preços no país acumularam alta de 170%, os convênios médicos se tornaram significativamente mais caros. O que impacta diretamente o acesso à saúde suplementar.
Os dados são de um estudo do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS), que analisou a variação dos custos na categoria "Saúde e Cuidados Pessoais" do IPCA. O aumento expressivo preocupa especialistas, que alertam para os riscos de exclusão de parte da população e maior pressão sobre o SUS.
Preço dos planos de saúde sobe mais que o dobro da inflação
O IPCA, calculado pelo IBGE, mede a variação de preços de produtos e serviços essenciais. Em 18 anos, os planos de saúde passaram de 3,25% para 4,06% do orçamento familiar. Isso significa que as mensalidades consomem uma fatia maior da renda das famílias.
Segundo o IEPS, o envelhecimento da população e a incorporação de tecnologias médicas mais caras explicam parte do aumento. A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) também cita a judicialização e a expansão do rol de coberturas obrigatórias como fatores que elevam custos.
O preço dos planos de saúde no Brasil cresceu mais do que em países como Alemanha, França e EUA. A ANS ressalta que os reajustes consideram não só a inflação, mas também a utilização dos serviços. Se mais pessoas usam consultas e exames, as operadoras repassam os custos.
Vinicius Peçanha, pesquisador do IEPS, em entrevista à Folha, afirma que a alta nos valores pode reduzir o acesso à saúde privada. "Do lado do sistema público, isso pode pressionar ainda mais um sistema que já é subfinanciado, e do lado da saúde suplementar, isso pode afetar a sustentabilidade de alguns planos de saúde", diz. A ANS busca medidas para equilibrar o mercado, mas uma ação judicial suspendeu recentes propostas de ajuste.
Crédito: EDSON DE SOUZA NASCIMENTO/Shutterstock
Impactos no sistema público e na sustentabilidade dos planos
Com mensalidades mais altas, famílias e empresas podem abandonar os convênios. Peçanha alerta que a saúde suplementar pode se tornar inviável para parte da população. A ANS afirma que trabalha para garantir a sustentabilidade do setor, mas desafios regulatórios persistem.
Enquanto isso, serviços médicos e odontológicos também acumulam altas acima de 200%. O cenário reforça a necessidade de políticas que equilibrem custos e acesso, evitando o colapso tanto do sistema privado quanto do público.
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