A busca pela autonomia financeira é um desafio para muitas pessoas que enfrentam salários baixos, dívidas e pouco acesso a produtos de investimento. No entanto, especialistas defendem que é possível dar os primeiros passos, mesmo em cenários adversos. A chave, segundo a executiva Gal Barradas, líder de crescimento e marketing da Rio Bravo Investimentos, está na disciplina e na visão de longo prazo.
Em entrevista ao g1, ela afirmou que "o segredo é disciplina e longo prazo, disciplina e longo prazo, disciplina e longo prazo”.
Educação e renda extra como ponto de partida
O primeiro passo para conquistar a autonomia financeira é buscar maneiras de aumentar a renda. Isso pode ocorrer por meio de cursos de qualificação, aprimoramento profissional ou até atividades paralelas que gerem receita adicional. Barradas destaca que mesmo pequenas quantias devem ser direcionadas a investimentos, porque, ao longo do tempo, o efeito acumulado traz recompensas.
Entre os erros mais comuns de quem começa a investir está a escolha da poupança ou do título de capitalização. Esses produtos não são capazes de proteger o dinheiro da inflação. Para quem inicia a jornada em busca da autonomia financeira, a renda fixa é considerada mais adequada.
Produtos como CDBs oferecem liquidez e podem ser acessados com valores baixos. Há também opções em renda variável com aplicações iniciais inferiores a cem reais, mas a constância mensal é o que realmente faz diferença.
Crédito: FJZEA/Shutterstock
Autonomia financeira e o controle dos gastos
Poupar é visto como algo quase impossível por quem ganha pouco. Porém, rever despesas é fundamental. Gal Barradas recomenda que o investidor iniciante force uma reserva mensal e reaplique os rendimentos, evitando o consumo imediato. Dessa forma, os juros compostos trabalham a favor do crescimento do patrimônio.
Dicas práticas para cortar gastos supérfluos incluem:
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Adiar compras de roupas quando não são necessárias.
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Evitar apostas e jogos que consomem recursos sem garantia de retorno.
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Substituir presentes caros por gestos simbólicos.
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Evitar impulsos em relação a gastos desnecessários.
Essas medidas, quando aplicadas com disciplina, contribuem para a autonomia financeira.
Estratégias para sair das dívidas
O endividamento é um dos principais obstáculos para quem deseja investir. O primeiro passo é refazer o planejamento financeiro e buscar renda extra para quitar compromissos. Negociar juros e parcelas diretamente com bancos e varejistas também ajuda.
Em alguns casos, programas como o Desenrola Brasil e plataformas de negociação, como o Acordo Certo, podem reduzir encargos. Dívidas ligadas a jogos, segundo Barradas, devem ser evitadas a qualquer custo.
Erros comuns ao aumentar a renda
Um dos equívocos mais frequentes é elevar os gastos conforme o salário cresce. Esse hábito compromete a construção da autonomia financeira, já que imprevistos, como a perda de emprego, podem gerar desequilíbrio. O ideal é manter o padrão de vida e direcionar a diferença para investimentos.
Já em financiamentos imobiliários, com taxas mais baixas, pode ser vantajoso seguir pagando as parcelas e investir paralelamente em aplicações que ofereçam retornos superiores. Em outros tipos de financiamento, a recomendação é priorizar a quitação para evitar que os juros corroam os ganhos.
A ilusão de retornos rápidos é outro risco. Para Gal Barradas, o verdadeiro crescimento ocorre no longo prazo. A maioria das pessoas que construiu patrimônio sólido fez isso com constância e paciência, não com ganhos imediatos ou promessas especulativas.
Como começar a entender investimentos
O aprendizado é parte essencial da construção da autonomia financeira. Cursos gratuitos e conteúdos em portais confiáveis ajudam no início. A recomendação é começar com produtos simples, de fácil entendimento e com liquidez, acompanhando os resultados para ganhar confiança.
Barradas ressalta que qualquer assessor ou gerente deve explicar detalhadamente as taxas e impostos envolvidos em um investimento. Caso não haja suporte direto, o investidor deve buscar informações em fontes confiáveis.
Ela alerta também para o cuidado com empresas sem reputação consolidada. Ler análises em sites especializados e verificar a credibilidade das instituições financeiras é parte importante do processo.
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