A liquidação extrajudicial do Banco Master provocou dúvidas e tensões no mercado. Com o anúncio do Banco Central, todas as operações do banco foram interrompidas. A partir desse momento, o FGC passa a atuar na proteção dos investidores cobertos pelo fundo. Você sabe como funciona? Vamos explicar!

Quando o BC decreta a liquidação, como fez com o Banco Master, o banco deixa de operar. Todos os contratos são considerados vencidos. Um liquidante assume a administração e inicia o levantamento da situação patrimonial. Esse processo não tem prazo definido. Ele termina quando o BC encerra a liquidação ou quando a Justiça decreta falência.

Investidores do Banco Master precisarão do FGCFoto:Prem seuthai/shutterstock

Como o FGC protege o cliente do Banco Master

O FGC funciona como um seguro para depósitos e investimentos em instituições financeiras associadas. Quando ocorre uma liquidação, o fundo cobre valores dentro dos limites previstos no regulamento.

As regras principais são essas:

  • Cobertura de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, por instituição.
  • Limite global de R$ 1 milhão a cada quatro anos, agora ampliado para R$ 1,6 milhão.
  • Garantia inclui o valor aplicado e os juros acumulados até a data da liquidação.
  • A proteção vale para conta corrente, poupança, CDB, RDB, LCI, LCA, letras de câmbio e outras modalidades.
  • Valores acima do limite precisam ser cobrados na Justiça e entram na fila da massa falida.

O que o FGC paga e quando paga

O pagamento ao investidor só começa depois que o liquidante envia ao FGC a lista oficial de clientes e valores devidos. Em processos semelhantes, isso leva cerca de 30 dias úteis. Após a liberação no aplicativo, o pagamento costuma ocorrer em até 48 horas, desde que o cliente faça o cadastro e envie a documentação. O FGC afirma que os recursos para cobrir os clientes do Banco Master já estão provisionados.

Embora mais de 1 milhão de investidores do Banco Master estejam protegidos pelo FGC, nem todos têm essa garantia. Fundos de Previdência de Estados e municípios, por exemplo, ficam de fora da cobertura.

Segundo o Ministério da Previdência, 17 fundos de pensão de servidores públicos investiram quase R$ 2 bilhões em títulos do Banco Master. Esses recursos não contam com a proteção do FGC. Por isso, estão diretamente expostos ao processo de liquidação e podem sofrer perdas. A maior parte das entidades ainda não se manifestou sobre o caso.

O que o cliente deve fazer agora

Para pessoas físicas e empresas dentro do limite do FGC, o mais importante é aguardar as orientações oficiais. O processo será conduzido pelo aplicativo do FGC. Não é necessário contratar advogados ou intermediários.

Também é essencial tomar cuidado com golpes. Em momentos de liquidação, golpistas costumam explorar a insegurança do investidor, por isso fique muito atento e não siga nem acredite em informações não oficiais relacionadas ao caso para não ser enganado. 


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