A maioria dos brasileiros que investe tem um propósito em comum: investir para aposentadoria. É o que mostra a pesquisa Perfil e Comportamento dos Investidores 2024, divulgada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O levantamento revela que, mesmo com perfis distintos, a formação de reservas para o futuro é o principal objetivo financeiro de quem aplica dinheiro no país.
Realizada entre 15 de janeiro e 15 de fevereiro deste ano, a pesquisa coletou 1.371 respostas válidas. O estudo apontou também a predominância de homens (87%) entre os investidores, além de 75% das pessoas se autodeclararem brancas, 18% pardas e 2,3% pretas. Uma parcela de 2,4% preferiu não responder.
O levantamento mostrou ainda que 31% dos investidores têm entre 46 e 59 anos, faixa etária que costuma pensar com mais atenção na aposentadoria. Além disso, 49% têm renda familiar entre cinco e 20 salários-mínimos, enquanto 89% possuem curso superior ou pós-graduação. A concentração regional segue alta: 63% estão no Sudeste.
 Crédito: Saulo Ferreira Angelo/Shutterstock
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Perfis de investimento e estratégias para o futuro
A pesquisa revelou que 52% dos participantes se identificam com o perfil arrojado, com maior disposição a correr riscos. Outros 36% têm perfil moderado, e 9% são conservadores.
Mesmo entre os mais ousados, investir para aposentadoria aparece como prioridade. Entre os arrojados, 74% citaram a formação de reservas para aposentadoria. Ainda, 76% mencionaram a criação de renda passiva como principais metas. No grupo moderado, 68% apontaram a aposentadoria como objetivo, e entre os conservadores, o percentual foi de 63%.
Os dados reforçam que o investimento de longo prazo está no centro das decisões financeiras. A diversificação, segundo o estudo, também ganha espaço como forma de reduzir riscos e equilibrar rentabilidade.
Investir para aposentadoria impulsiona busca por educação financeira
O relatório mostrou que 86% dos investidores afirmam estar preparados para lidar com imprevistos financeiros. Entre eles, 45% buscam rentabilidade, 42% procuram diversificação da carteira, e 42% demonstram interesse por educação financeira.
Para Paulo Portinho, gerente de Educação e Inclusão Financeira da CVM, os resultados ajudam a orientar políticas públicas e estratégias de conscientização. “Esses dados são importantes para traçar estratégias mais assertivas e promover campanhas de educação financeira, visando um ambiente mais acessível e inclusivo”, afirmou.
O estudo destaca também as diferenças nas escolhas de produtos financeiros. Entre os investidores arrojados, há maior exposição ao mercado de renda variável, com 85,56% aplicando em ações e 58,33% em fundos imobiliários.
No grupo moderado, a estratégia é mais equilibrada. 74,29% investem em ações, 62,55% em CDBs ou RDBs, e 60,73% no Tesouro Direto. Já os conservadores concentram aportes em opções de renda fixa e baixa volatilidade, como CDB/RDB (55,04%), fundos de renda fixa ou multimercado (37,98%), LCI/LCA/LF (34,88%) e Tesouro Direto (31,78%).
Os resultados da pesquisa reforçam uma tendência. Mostra que o investidor brasileiro está mais consciente sobre a importância de investir para aposentadoria e de equilibrar segurança com crescimento patrimonial.
O relatório completo da Pesquisa Perfil e Comportamento dos Investidores 2024 está disponível no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
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