Em função da crise provocada pelo coronavírus, perder o emprego se tornou uma situação bem comum na vida dos brasileiros. Mesmo com o aquecimento da economia, a taxa de desemprego continuam altos. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país tem hoje cerca de 12 milhões de brasileiros desempregados.
Sem a perspectiva de receber um salário a curto prazo, essas pessoas que acabaram de perder o emprego correm o risco de se endividar ou de não conseguir administrar seu dinheiro da melhor forma possível.
Para Richard Guedes, especialista em contabilidade e membro do Fórum 3C, é preciso ter prudência e cautela com os gastos. “O mais importante é ter calma, pois é um período delicado em que milhares de trabalhadores no mundo todo estão enfrentando”, comenta.
Como se organizar a partir de uma demissão?
Após uma demissão, o primeiro passo é estudar suas finanças pessoais e realizar um levantamento dos gastos necessários para a sua sobrevivência, eliminando desperdícios. “Neste momento, a orientação é envolver toda a família para ajudar a diminuir despesas”, pontua Guedes.
Depois disso, é preciso ficar muito atento para seus direitos, principalmente àqueles relacionados a serviços financeiros. “Realizar o saque do FGTS e pedir o seguro desemprego são alguns exemplos”.
Crédito: cesarvr/Shutterstock.
Ele também explica que esta é a hora de aceitar demais oportunidades que aparecerem como fonte de renda. “Caso tenha algum outro recurso, divida pela soma do novo gasto mensal com despesas necessárias para saber o tempo que você vai levar para retomar ao patamar em que estava quando empregado”.
Além disso, é importante não deixar a criatividade de lado na hora de buscar um novo emprego. “Fazer um currículo claro e objetivo para o LinkedIn ou informar aos conhecidos a sua situação atual para futuras indicações. As recomendações pesam muito!”, reforça o especialista.
Dicas para administrar seu dinheiro após perder o emprego
Faz sentido pedir um empréstimo?
Pedir um empréstimo pode ser uma forma de amenizar a falta de renda e conseguir pagar contas emergenciais. No entanto, Guedes lembra que é importante sempre considerar se você terá recursos para pagar as prestações. Caso contrário, o empréstimo não é aconselhado. Se os juros forem reduzidos, vale a pena analisar.
É melhor pagar todas as contas de uma vez ou guardar dinheiro em caso de necessidade?
O especialista aconselha prudência. “Recomendo não acumular duas contas do mesmo fornecedor para pagar”. Uma dívida acumulada pode ser muito pior para pagar no futuro e ainda provocar dores de cabeça se não for quitada.
Vale a pena investir mesmo em tempos de crise econômica?
E se, mesmo após perder o emprego, a pessoa conseguir guardar uma reserva e investir? Para Guedes, oportunidades para aplicar o dinheiro sempre vão surgir, mas é preciso conhecimento e tranquilidade para aproveitá-las. “Acima de tudo, planejamento e ter ciência do que está fazendo”, aponta. “Além disso, nunca investir mais do que 50% do que possui”.
Investir em requalificação é de extrema importância para a recolocação no mercado de trabalho. Pensando nisso, o Instituto de Longevidade MAG conta com diversos cursos para capacitação profissional. São mais de 200 cursos exclusivos.
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