Requisitadas nas saladas, na pizza, na empada ou como tira-gosto, as azeitonas são as grandes queridinhas dos brasileiros, companheiras para todos os momentos. Mas pouca gente presta atenção em seus caroços, que são responsáveis pela produção de uma das mais deliciosas iguarias do mundo. Após colhidas, as azeitonas passam por um processo de lavagem dos frutos, separação dos caroços, prensagem e centrifugação, até a obtenção do mais puro azeite de oliva.

Velho conhecido da culinária mundial e objeto de incontáveis estudos e pesquisas acadêmicas, o azeite apresenta inúmeras vantagens e benefícios para o corpo humano que vão muito além da saúde e da culinária. Até onde se sabe, é rico em ácidos graxos monoinsaturados, principalmente o ômega-9, que atuam na redução de concentrações sanguíneas do “mau” colesterol (LDL), ao passo que aumentam o “bom” colesterol (HDL).


Possui um sabor bastante característico, o que acontece pela grande quantidade de polifenóis, poderosos antioxidante que ajudam na prevenção de doenças cardiovasculares, protegem contra alguns tipos de câncer e possuem um papel importante na produção de compostos que mediam inflamações no corpo humano.

Mas apesar de inúmeros benefícios, médicos e especialistas alertam para os riscos do consumo exagerado do produto, que pode causar alguns problemas, desde uma diarreia ou uma dermatite de contato até a formação de cálculos da vesícula. O máximo recomendado é de 4 colheres de sopa por dia.

Os tipos de azeite

Ao todo, temos quatro tipos de azeite de oliva, obtidos por diferentes processos de fabricação. São eles:

– Refinado: conhecido como “Azeite de Oliva Puro”, seu processo produtivo inclui o uso de solventes em altas temperaturas, que eliminam sabores desagradáveis que possam surgir durante a oxidação do produto. Todas as azeitonas são usadas para sua produção, mesmo as que não estão em bom estado. Pode ser usado no aquecimento e no preparo dos alimentos.

– Não refinado: produzido a partir de frutos selecionados e em excelentes condições, não passa pelo processo de refino químico, apenas pela extração do óleo e de seu engarrafamento. Ao contrário do refinado, este nunca deve ser aquecido, pois oxida com grande facilidade.

– Extra virgem: faz parte dos azeites não refinados. Seu processo produtivo exige grande cuidado e dedicação para conservar intacto o sabor da oliva. Na opinião dos especialistas, ele não apresenta defeitos, devido à sua grande pureza. Possui a menor acidez (menos que 0,8%) e, por ter a maior quantidade de nutrientes, é considerado o mais saudável dos azeites.

– Virgem: considerado de qualidade inferior ao extra virgem, com índice de acidez um pouco mais elevado, de até 2%, também é um óleo não refinado, e por isso não deve ser aquecido.

Os principais benefícios do azeite de oliva são:

1) Por ser rico em gorduras monoinsaturadas, atua na redução do colesterol ruim;

2) Por ser rico em compostos fenólicos e vitamina E, fortes antioxidantes, atua na prevenção da aterosclerose e protege o coração;

3) Por conter antioxidantes e agir no hipotálamo, estimulando a saciedade, atua na prevenção de doenças como câncer e diabetes tipo 2;

4) Por conter uma grande quantidade de oleocanthal, substância com propriedades anti-inflamatórias, atua no fortalecimento do sistema imunológico e é um poderoso anti-inflamatório;

5) Por estimular a dilatação dos vasos, facilitando a circulação sanguínea, atua na redução da pressão arterial;

6) Por ser rico em gorduras insaturadas, fundamentais no processo de construção muscular, e monoinsaturadas, especialmente importantes na recuperação do tecido muscular e na reparação após estresse pelo exercício, é um grande aliado dos praticantes de musculação e de outros esportes que exijam força física;

7) Controla a saciedade e previne o intestino preso, aliviando o inchaço e ajudando no processo de emagrecimento;

8) Estudos mostraram que o consumo regular de azeite ajuda na prevenção da osteoporose, afetando positivamente a densidade óssea, e diminui o risco de depressão;

9) Estudos realizados em camundongos mostraram que o composto fenólico oleocantal estimula a produção de proteínas que atuam na eliminação dos compostos beta-amilóides das células cerebrais, que são característicos da Doença de Alzheimer.

10) O azeite também é usado nos cabelos, e seu principal benefício é a hidratação. Por ser rico em vitamina E, é capaz de hidratar e recuperar os fios danificados, reduzindo o frizz e as pontas duplas.

11) Pode ser aplicado na superfície de peles secas para atuar como hidratante ou como agente esfoliante, melhorando a elasticidade e a vitalidade. Seu efeito antioxidante, vindo da vitamina E, ajuda a prevenir rugas e o envelhecimento precoce.

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