Os dados estatísticos, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última quinta-feira, sobre o registro civil mostram que 2021 foi marcado pelo recorde de mortes no país. O índice de mortalidade cresceu 18%, representando 1,8 milhão e sendo 273 mil mortes a mais que em 2020. A taxa é o maior número absoluto e a maior variação percentual ante o ano anterior, desde a série histórica iniciada em 1974.

Com o recorde de mortes em 2021, o grupo mais afetado foi o de adultos entre 40 a 49 anos (35,9%) e entre de 50 a 59 anos (31,3%). Aproximadamente 68,2% dos óbitos registrados são de pessoas com 60 anos ou mais.

Importante ressaltar que 2021 foi o segundo ano de pandemia do Covid-19, o impactou diretamente a saúde da população brasileira. O aumento dos óbitos ocorreu, em especial, no primeiro semestre do ano. Segundo o IBGE, março teve o maior número de mortes, com 202,5 mil registros. A quantidade é 77,8% superior ao registrado em março do ano anterior, mês de início da pandemia.

Em julho, houve uma tendência de queda. Segundo Klívia Brayner, gerente da pesquisa, “a implementação de medidas sanitárias e, posteriormente, as campanhas de incentivo à vacinação parecem ter contribuído para o recuo da pandemia e suas consequências. Há uma clara aderência entre a diminuição no número de óbitos e o avanço da vacinação no país".

Ainda, de acordo com o IBGE, houve aumento de mortes das mulheres, com 20%, em relação aos homens, com 16,5%.
Um senhor de idade em um atendimento em meio a pandemia de covid-19, usando máscara. Imagem para ilustrar a matéria sobre recorde de mortes em 2021.Crédito: Yuganov Konstantin/Shutterstock

Além do recorde de mortes, país tem redução da natalidade pelo terceiro ano consecutivo

Em paralelo, houve a menor taxa de natalidade desde 2003, quando a metodologia foi alterada. Na comparação com 2020, houve uma queda de 1,6%, com o nascimento de 2,6 milhões de bebês em 2021. Isso significa, aproximadamente, 43,1 mil nascimentos a menos.

Além do recorde de mortes, a taxa de natalidade teve maior queda de mães com menos de 20 anos no Sul, sendo apenas de 10%. Por outro lado, as regiões Norte e Nordeste tiveram os maiores percentuais de mães na faixa etária, com cerca de 19,6%.

No país, a média geral de bebês gerados por mães de 30 anos ou mais foi de 38%.

Segundo a análise feita pelo IBGE, a redução de registro de nascimento, observada pelo terceiro ano consecutivo, parece estar relacionada com a queda da natalidade e de fecundidade. Fator que já foi sinalizado pelos últimos Censos Demográficos.

Outra hipótese levantada é que a pandemia do Covid-19 causou impactos na relação entre os casais. O que pode ter causado insegurança diante do cenário pandêmico, adiando a decisão da gravidez.


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