Você sabia que um simples alongamento pode fazer muito mais do que aumentar a flexibilidade, aliviar tensões, prevenir lesões musculares ou ainda preparar o corpo para uma atividade física? Pesquisas recentes apontam que a prática regular pode ser uma verdadeira aliada da saúde cardiovascular.

Para entender essa relação, primeiro é preciso ter consciência que o sistema cardiovascular é composto, além do coração, por artérias e veias que transportam o sangue por todo o corpo (as artérias levam o sangue do coração para os tecidos, enquanto as veias fazem o caminho de volta, conduzindo o sangue de volta ao coração).

Quando essas estruturas perdem elasticidade devido, por exemplo, ao envelhecimento, sedentarismo ou inflamações crônicas, o fluxo sanguíneo fica comprometido, aumentando o risco de complicações e doenças cardíacas.

Agora, imagine se fosse possível preservar — ou até recuperar — a flexibilidade dessas estruturas apenas com movimentos simples e acessíveis? Pois essa é justamente uma das vantagens do alongamento: ele promove benefícios diretos para o sistema cardiovascular, contribuindo para a saúde das artérias, melhorando a circulação e ajudando a controlar a pressão arterial. Quer entender como isso acontece na prática? Siga a leitura e descubra!

Benefícios para a circulação

O alongamento provoca uma série de respostas fisiológicas importantes para a circulação do sangue. Estudos revelam que alongar o corpo melhora a elasticidade dos vasos sanguíneos, o que diminui o risco de hipertensão e infartos.

Em resumo: quando alongamos um músculo, estimulamos certos receptores localizados nas fibras musculares e nas paredes dos vasos. Essa estimulação favorece a liberação de óxido nítrico, uma substância que promove a vasodilatação. A prática contínua reduz assim a rigidez e aumenta a flexibilidade das artérias, permitindo que elas se expandam e contraiam mais facilmente, minimizando uma possível resistência ao fluxo sanguíneo.

Com os vasos mais dilatados, o sangue flui com facilidade, levando oxigênio e nutrientes a tecidos que, muitas vezes, sofrem com o acúmulo de tensões e a má circulação, especialmente em quem passa longos períodos sentado ou em posições fixas.

Outro fator relevante é o estímulo ao retorno do sangue venoso (aquele que retorna das pernas e pés em direção ao coração). Mesmo sem grande intensidade, o simples ato de, durante os exercícios, movimentar as pernas e contrair a musculatura dessa região — especialmente as panturrilhas — favorece o bombeamento do sangue de volta ao coração.

A prática frequente previne desta forma inchaços, a sensação de pernas pesadas e problemas vasculares, como varizes. Algumas pesquisas sugerem ainda que o alongamento pode ajudar a diminuir a viscosidade do sangue, prevenindo a formação de coágulos e o risco de tromboses.

Um grupo de homens fazendo alongamento antes de se exercitar. Crédito: PeopleImages.com - Yuri A/Shutterstock

Redução da pressão arterial

Alongar também tem impacto na redução da pressão arterial, e isso se deve a um conjunto de efeitos neurofisiológicos. Primeiramente, o alongamento ativa o sistema nervoso parassimpático, responsável por respostas de relaxamento no corpo: diminui a frequência cardíaca, reduz a tensão muscular e promove a dilatação dos vasos sanguíneos. Esse estado de relaxamento contrabalança os efeitos do sistema simpático, frequentemente associado ao estresse e ao aumento da pressão.

Além disso, como vimos acima, alongar-se regularmente reduz a rigidez arterial. Com artérias mais flexíveis, o coração precisa fazer menos força para bombear o sangue, o que naturalmente diminui a pressão exercida nas paredes dos vasos. Estudos mostram que a prática consistente de alongamento, especialmente dos grandes grupos musculares, pode reduzir significativamente a pressão sistólica e diastólica, beneficiando especialmente pessoas com hipertensão leve ou moderada.

Outro ponto importante é a possível diminuição dos níveis de cortisol, o hormônio do estresse, que está diretamente relacionado ao aumento da pressão arterial. Podemos dizer então que o alongamento não só age sobre o corpo, mas também na saúde mental, criando um ambiente interno mais propício ao equilíbrio cardiovascular.

Mais um aliado na prevenção de problemas

Na rotina, além de aulas específicas de alongamento, é possível, por exemplo, realizar esses movimentos ao acordar e antes de dormir, estimulando a circulação e relaxando os vasos sanguíneos. Outra ideia é integrar esse tipo de exercício nas pausas do trabalho: alongamentos curtos ajudam a evitar a rigidez arterial causada pelo sedentarismo. E assim com o boa parte das pessoas fazem, é válido praticar após atividades aeróbicas para melhorar a recuperação muscular e cardiovascular.

O alongamento é uma ferramenta simples, acessível e eficaz para cuidar da saúde do coração e dos vasos sanguíneos. Incorporar essa prática no dia a dia é um investimento valioso na prevenção de doenças e na promoção de uma vida mais saudável e equilibrada em longo prazo.

Entretanto, importante ter em mente que a atividade deve ser parte de conjunto de ações e hábitos, que envolvem inclusive a prática de outros tipos de exercício físico. Por isso, é recomendado que todo e qualquer atividade seja feita sempre com o acompanhamento de um profissional especializado para indicar as melhores opções de treino de acordo com o perfil e necessidades de cada um.


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