De repente você percebe o surgimento de lesões avermelhadas na pele, descamativas, em placas, geralmente nos cotovelos, joelhos, pés e mãos, unhas, couro cabeludo ou na região genital. Calma, não há motivos para se apavorar. Você pode ser um dos milhões de brasileiros que desenvolveram a psoríase.
Os motivos ainda não são conhecidos pela ciência. Sabe-se apenas que se trata de uma doença de pele crônica bastante comum, autoimune e não contagiosa, que pode se apresentar de formas leves e facilmente tratáveis ou, em casos raros, de formas que levam à incapacidade física, afetando também as articulações.
Segundo a literatura médica, possuímos em nosso sistema imunológico uma célula conhecida como célula T, que tem a função de percorrer todo o corpo humano combatendo elementos estranhos, como bactérias e vírus. A psoríase ocorre quando as células T, por motivos ainda desconhecidos pela ciência, atacam células saudáveis da pele, como que para tratar uma infecção. As consequências são a dilatação de vasos sanguíneos e o aumento no número de glóbulos brancos, que avançam para camadas mais externas da pele de forma muito rápida, provocando lesões avermelhadas. Trata-se de um processo cíclico, que só é amenizado com o tratamento adequado.
Também não se conhece a cura definitiva para o problema, mas é possível tratá-lo para amenizar seus efeitos. Em casos leves, é indicada a aplicação de medicamentos tópicos sobre as lesões e a exposição diária ao sol. Em casos moderados da doença, médicos costumam recomendar a aplicação de luz ultravioleta A. Já para os casos considerados graves, o mais indicado é o uso de medicamentos via oral ou injetáveis. Mas a análise deve ser feita por um especialista no assunto, geralmente dermatologista. Consulte um médico de sua confiança e evite a automedicação.
Alguns pacientes recorrem a tratamentos caseiros. Os mais usados são:
- Comer alimentos de cor laranja todos os dias;
- Consumir alimentos como agrião, açafrão e água de coco, que são depurativos do sangue;
- Usar pomadas e cremes a base de Aloe Vera ou de gérmen de trigo;
- Usar sal marinho em banhos de imersão;
- Compressa de malva diretamente nas lesões.
Não há uma forma de prevenção. Contudo, dermatologistas acreditam que manter a pele sempre limpa e hidratada já é um grande passo para evitar o surgimento da dermatose.
Pesquisas recentes mostraram que pessoas com psoríase têm maior probabilidade de desenvolver doenças cardiovasculares, como infarto e AVC. Cientistas acreditam que o isolamento social possa ocorrer devido à doença, o que explicaria o aumento nos índices de diabetes, hipertensão arterial e obesidade.
Veja abaixo os tipos de psoríase:
Psoríase em placa
É a forma mais comum da doença, chegando a afetar 80% das pessoas com o problema. Desenvolve-se principalmente nos cotovelos, joelhos, costas e couro cabeludo.
Psoríase do couro cabeludo
Também é uma forma bastante comum da dermatose, atingindo entre A condição da psoríase do couro cabeludo é a mesma da em placas e atinge entre 50% e 80% da população. Pode variar de uma psoríase leve a muito grave.
Psoríase gutata
Geralmente, esse tipo de psoríase atinge crianças e adolescentes e aparece como pequenos pontos vermelhos escamosos na pele. A psoríase gutata pode, posteriormente, transformar-se em psoríase em placas.
Psoríase pustulosa
Pode ser causada por uma complicação da psoríase em placa ou ser resultado da interrupção do tratamento da doença. Manifesta-se em menos de 5% das pessoas que a possue.
Psoríase inversa
Tipo menos comum da doença, causa manchas vermelhas, brilhantes e lisas em torno das dobras da pele, normalmente nas axilas, virilha e embaixo do seio.
Psoríase eritrodérmica
Este é um dos tipos mais raros e também um dos mais graves. Pode causar manchas vermelhas escamosas que cobrem o corpo inteiro, comprometendo a proteção da pele.
Artrite psoriásica
Acredita-se que 30% das pessoas que possuem psoríase também desenvolvem a artrite psoriásica. Essa doença causa dor, rigidez e inchaço nas articulações.
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