Especialistas em saúde do movimento alertam que pessoas passam a se movimentar menos a partir dos 50 anos. A diminuição do movimento com a idade pode trazer impactos significativos à qualidade de vida, mesmo antes do surgimento de problemas físicos mais graves.
De acordo com Jaap Van Dieën, professor da Universidade Livre de Amsterdã, a redução na movimentação não está diretamente ligada a limitações físicas iniciais. Segundo o especialista, as pesquisas mostram que as alterações na marcha começam por volta dos 50 anos, e a falta de motivação pode ser a principal causa nesse estágio. Essa queda na motivação pode levar a consequências negativas para o equilíbrio, a coordenação e a independência.
Diminuição do movimento com a idade: por que ela acontece?
O impacto do ambiente urbano
Um dos fatores que contribui para a diminuição do movimento com a idade é a falta de infraestruturas adequadas. Segundo Van Dieën, cidades com calçadas estreitas e irregulares desestimulam a caminhada, uma das formas mais simples e eficientes de exercício. “Investir em espaços que incentivem a mobilidade, como calçadas amplas e seguras, é essencial,” ele pontua.
Um estudo recente mostra que mudanças no ambiente podem alterar significativamente o nível de atividade física. Quem se muda para cidades como Nova York, com calçadas acessíveis, tende a caminhar mais. O inverso ocorre quando pessoas deixam esses locais para regiões menos preparadas.
Crédito: PeopleImages.com - Yuri A/Shutterstock
Os desafios biomecânicos
Conforme Van Dieën explica, a estabilidade da marcha é um dos principais desafios enfrentados após os 50 anos. A combinação entre o centro de pressão e o centro de massa é fundamental para o equilíbrio durante a caminhada. Passos mais largos aumentam a estabilidade, mas também demandam mais energia.
Essa necessidade de maior esforço pode desestimular ainda mais o movimento, agravando a situação. Por isso, as políticas públicas devem considerar soluções que promovam o movimento de forma segura e acessível para todas as idades.
Mobilidade e qualidade de vida
A campanha “Every Movement Counts”, da Organização Mundial da Saúde, reforça a importância de se manter ativo em qualquer idade. Conforme destaca Van Dieën, “conseguir se locomover bem é uma questão de independência e inserção social.” Espaços urbanos planejados e iniciativas educativas podem ajudar a mitigar os efeitos da redução de movimento.
A partir dos 50 anos, adotar hábitos que promovam o movimento é fundamental para preservar a qualidade de vida. Com ambientes adequados e incentivo às caminhadas, é possível mudar esse cenário e garantir maior bem-estar na maturidade. Confira o vídeo da campanha clicando aqui.
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