Uma pesquisa divulgada no final de agosto pela revista científica “Nature” revelou que as mulheres podem ter uma resposta imune ao novo coronavírus mais eficiente do que os homens. Isso significa que os homens poderiam ser mais suscetíveis à doença do que as mulheres.

O estudo foi conduzido pela Universidade de Yale. Ele contou com a participação de 98 pacientes. Destes, 47 eram do sexo masculino e 51 do sexo feminino. Os resultados mostraram que as mulheres apresentaram uma resposta mais eficiente das células T, que são responsáveis pela defesa do corpo. Por causa disso, elas acabaram desenvolvendo menos casos graves de Covid-19 e tiveram menos respostas inflamatórias à doença do que os homens. 


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Carolina Lucas, pesquisadora brasileira de pós-doutorado em Imunobiologia Na Universidade de Yale e uma das líderes do estudo, conta que existe uma diferença na forma como os organismos respondem ao vírus. De acordo com Carolina, os homens desenvolvem uma resposta inflamatória mais acentuada. Já as mulheres, uma resposta de células T mais eficiente.

A pesquisadora ainda explica que a resposta inflamatória à Covid-19 é uma reação “exagerada” do sistema imune. Isso provoca a “tempestade de citocinas” no organismo e pode levar até mesmo à morte. No estudo, foi identificado que os homens diagnosticados com a doença apresentaram mais citocinas do que as mulheres na mesma condição. 

Resposta imune ao novo coronavírus pode ser mais eficiente em mulheres do que em homens

Resposta imune se mantém em mulheres mais velhas

A pesquisa também revelou que a resposta imune se manteve eficiente nas mulheres com idade mais avançada. Isso não aconteceu com os homens. Segundo Carolina, as pacientes mais velhas, até mesmo aquelas com 90 anos, tiveram uma resposta imune similar às mais novas. No entanto, os homens sofreram um declínio da resposta imune com o passar da idade.

As respostas obtidas com a pesquisa podem ajudar a entender por que os homens têm uma tendência a quadros mais graves da Covid-19. No entanto, Carolina pontua que a gravidade da doença não depende apenas da resposta imune. Existem outros fatores que devem ser analisados, como diferenças hormonais e até mesmo comportamentais.


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