Vladimir Putin, presidente da Rússia, anunciou nesta terça-feira (11), que o país registrou a primeira vacina contra o novo coronavírus. Batizada de Sputnik V, a imunização é uma referência à corrida espacial entre a União Soviética e os Estados Unidos durante a Guerra Fria.

No entanto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) pede cautela, já que a eficácia da vacina ainda não foi comprovada. Além disso, existem poucas informações sobre a pesquisa que embasou sua confecção.

A vacina russa está pronta para uso?

De acordo com o órgão, até o dia 31 de julho, a vacina russa ainda estava na fase 1 do processo. Para desenvolver a imunização, são necessárias três etapas. Apenas após a terceira etapa, que é o ensaio em grande escala com milhares de indivíduos, é que ela estará pronta para ser aplicada na população.

A OMS também afirmou que sua “aprovação” não é necessária para que a Rússia registre a vacina e aplique em seu território. Mesmo assim, a organização precisa ter acesso aos dados da pesquisa para avaliar a eficácia e segurança da imunização.

“Os produtores [de vacinas] pedem à OMS uma pré-qualificação porque é uma espécie de selo de qualidade. E então há um processo de revisão e avaliação dos dados de segurança e eficácia que foram colhidos nos ensaios clínicos. A OMS faria isso para qualquer vacina candidata”, declarou Tarik Jasarevic, porta-voz da organização, em entrevista.

Rússia registra primeira vacina contra o novo coronavírus | Foto: Yalcin Sonat / Shutterstock.com

Participação brasileira na confecção da vacina russa

Durante o anúncio sobre a vacina contra o novo coronavírus, a Rússia também revelou que o Brasil vai integrar o grupo de países onde a imunização será testada. Essa próxima fase terá início nesta quarta-feira (12) e vai contar com a participação de 2 mil voluntários. A Rússia, os Emirados Árabes, a Arábia Saudita e o México também vão participar dessa nova etapa de testes.


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