A teleconsulta se popularizou durante a pandemia do novo coronavírus e hoje continua sendo preferência entre muitos na hora de cuidar da saúde.
Mas você sabe o que é a teleconsulta ou como ela funciona? Para ajudar você a usar melhor essa comodidade, preparamos um guia com tudo que você precisa saber para se manter saudável sem precisar sair de casa e sem gastar muito com isso.
O que você vai ver neste texto:
- O que é teleconsulta
- Como funciona a teleconsulta
- Como se preparar para sua consulta on-line
- O que fazer durante a teleconsulta
- O que fazer depois da teleconsulta
O que é teleconsulta
A teleconsulta é uma consulta médica realizada de forma remota. Ou seja, o paciente não precisa estar fisicamente no mesmo local que o profissional de saúde. É uma prática legalizada no Brasil desde abril de 2020 para ajudar na alta demanda de consultas em função da Covid-19.
Apesar denão permitirausculta diretaepalpação,a experiência mostra que, para boa parte das doenças, as informações necessárias para o diagnóstico podem serobtidasvirtualmente, segundo o neurologistaFelipe Augusto Vigarinho Jorge,gerente médico assistencial da rede Dr. Consulta.
“Obviamente, se o médicosedepara com um caso em que é primordial examinar fisicamente o paciente, o mesmo é orientado a procurar por uma consulta presencial”, diz.
Crédito: Ground Picture/shutterstock
Diferentemente do que se imagina,ateleconsultanãorestringe a percepção de sinais que o médico observa no paciente.“Hojea tecnologia nos permite ter uma boa resolução de imagem e som, e o médico consegue fazer a maior parte do examefísicoadistância. Basta orientar o paciente sobre o que você precisa analisar.”
Consegue-se, por exemplo, avaliar com bom grau de precisão as amígdalas do paciente com ajuda de uma câmera bem posicionada, observa Jorge: “A nossa experiência prática tem mostrado que poucos recursos propedêuticos[ausculta, inspeção, palpação e percussão]se perdem com a teleconsulta, e muito se consegue fazer pelo paciente”.
Regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina logo no início da pandemia,“a telemedicina representa um avanço na superação de barreiras geográficas ao atendimento médico, pois facilita o contato com pacientes que se encontram a uma grande distância ou até mesmo em outros países”, avaliaMarcos Sonagli,diretor médico e fundador da Amplimed, startup que conta com uma ferramenta de teleconsulta.
Como funciona a teleconsulta
A teleconsulta pode ser feita por meio de tecnologias de comunicação on-line, como videoconferências ou aplicativos de vídeo-chamada. Pode-se usar computadores, tablets ou smartphones para isso.
Normalmente, o contato é feito por meio de aplicativos dos próprios planos de saúde, mas o agendamento também pode ser realizado no próprio site ou por telefone.
As plataformas de teleconsulta normalmente contam com uma área on-line (seja no aplicativo ou no próprio portal) para a realização da consulta. Assim, o paciente pode ter a garantia de que suas informações estão seguras, em ambiente confidencial e protegido.
A teleconsulta pode ser feita por WhatsApp?
Como não se trata de uma videochamada tradicional, pois trata-se de uma troca de informações pessoais e confidenciais, precisa ser feita em plataformas adequadas e que estejam de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), por isso o WhatsApp não é usado.
Quais são os tipos de teleconsulta?
As consultas a distância podem se enquadrar nas seguintes categorias:
- iniciais (ou seja, o primeiro atendimento);
- de acompanhamento;
- de urgência; ou
- de supervisão, quando existe a participação de mais de um profissional.
Além disso, ela abrande desde cuidados primários e enfermagem até diferentes especialidades médicas, como:
- radiologia;
- dermatologia;
- neurologia;
- pneumologia;
- psiquiatria;
- reabilitação;
- oftalmologia etc.
A teleconsulta é gratuita?
A consulta on-line está incluída na maioria dos planos de saúde.
Já nas redes particulares, ela pode sair mais em conta do que a consulta presencial. No Dr.Consulta, por exemplo, o valoré em torno de 20% menor em relação à presencial e inclui retorno em até 30 dias.
Como se preparar para sua consulta on-line
Elabore uma linha do tempo da sua saúde
Para isso, responda às seguintes perguntas:
- Quais sintomas o levaram a procurar atendimento médico?
- Quando começaram?
- Quais fatores melhoraram ou pioram?
- Já ocorreram previamente? Quando?
“As informações elaboradas na forma de linha de tempo sãodemais fácilentendimento e ajudam no raciocínio médico durante ateleconsulta”, avalia Marcos.
Crédito: Krakenimages.com/Shutterstock
Não subestime o que você está sentindo
Existem informações da história clínica que podem mudar completamente a hipótese diagnóstica ou a forma como o caso é conduzido. Felipe exemplifica:
“Há algumas semanas, uma paciente me procurou parauma segunda opinião. Havia procurado um outro neurologista com queixa de tontura,que, pela descrição dos sintomas, era mesmo compatível com labirintite. Ela, contudo, não mencionou a ele que existiam outros sintomas acompanhando o quadro de vertigem, como dificuldade para falar e formigamento discreto no lado direito do corpo. Julgava que esses outros sintomas eram pouco importantes, secundários ao estresse–e não os mencionou na consulta,quando perguntadase havia sintomas acompanhantes. Fizemos os exames e tratava-se de um caso de AVC [acidente vascular cerebral], quefoiconduzido de forma bastante tardia”.
Por isso, ressalta,“é muito importante informar ao médico tudo o que se está sentindo e deixar que ele chegue à conclusão sobre quais sintomas são ou não relevantes para o diagnóstico”.
Informe o histórico familiar
O histórico familiar de outras doenças, alergias, cirurgias ou internações prévias são informações importantes que devem ser compartilhadas na teleconsulta.
Algumas vezes,diz Marcos, “o paciente somente se detémàsinformações dos sintomasquelevaram à teleconsulta, porém essas adicionais não podem ser deixadas de lado”.
Atenção aos remédios que está tomando!
É ponto muito importante da história clínica saber em detalhes quais são os medicamentos de uso contínuo. O paciente,muitas vezes,não os sabe de cabeça e,no momento dateleconsulta,fica nervoso e corre o risco de fornecer uma informação incorreta.
Por isso, tenha os remédios e dosagens sempre anotados.
Crédito: fizkes/Shutterstock
Siga todas as instruções antes da consulta
Leia todas as informações disponibilizadasantes dateleconsulta.Veja se precisa baixar o aplicativo para falar com o profissional de saúde e tenha em mãos tudo que precisa para o atendimento correr bem.
Importante: esteja pronto para sua consulta com antecedência. Alguns minutos antes da hora marcada, prepare o smartphone, computador ou tablet. Vá para um local silencioso e com conexão estável de internet. Efetue o login no aplicativo ou no portal e tenha os documentos necessários próximos, para facilitar sua identificação inicial, além de suas anotações.
O que fazer durante a teleconsulta
Comunique-se de forma clara
Na consulta on-line, a comunicação adequada entre médico e pacienteé essencial: alinguagemdeve serclaraeobjetiva.
“Desta maneira, tanto o médico consegue compreender todo o quadro e oferecer a conduta mais apropriada como o paciente pode entender em detalhes como está a sua saúde e quais os motivos para as condutas tomadas”,pontuaFelipe.
Atenção às orientações
É muito importanteprestaro máximo de atenção às orientações, pois é esse entendimento que irá definir se o seu tratamento será adequado.Vocêpodefazeranotações, se preferir, masfiquemuito atentoepeça para explicar de novoo quenão entendeu.
Não saia com dúvidas
Jamaissaia da teleconsultatendo dúvidas.“O entendimento de toda a situação é importante para o tratamento como um todo”,afirmaMarcos.
Crédito: SeventyFour/Shutterstock
O que fazer depois da teleconsulta
Pedido de exames
Pedidosde examessão enviados pore-mailoudisponibilizados no aplicativo ou no site. Podem ser impressos ouapresentados na telano momento da realização do exame.Tem assinaturadigitaldo médico, válida em todo o território nacional.
Comprar remédios
Receitas de medicamentos classificados como de controle especial (branca,em 2 vias)são enviadas pore-mailoudisponibilizadas no aplicativo ou site. Podem ser impressos ouapresentados na telano momento dacompra na farmácia.Tem assinaturadigitaldo médico, válida em todo o território nacional.
Caso se trate de um medicamento controlado A1, A2, A3, B1, B2 e C2 (receitas azuis ou amarelas), é necessário emiti-las em papel, com carimbo físicodomédico.Em geral, são enviadas à residência do paciente.
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