O assunto pode parecer clichê para muitas pessoas, mas é preciso reforçar a ideia de que envelhecer com plenitude não depende apenas do corpo. Por esse motivo, cuidar da saúde mental no envelhecimento é essencial, principalmente em uma sociedade que envelhece de forma acelerada. O cuidado com o bem-estar emocional é tão importante quanto a atenção à saúde física. Isso porque ele preserva a autonomia, fortalece a autoestima e contribui para um envelhecimento ativo e saudável.
Segundo o IBGE, mais de 13% dos brasileiros entre 60 e 64 anos apresentam sintomas de depressão. Porém, esse número mostra apenas parte do problema. Distúrbios como ansiedade, síndrome do pânico e bipolaridade também estão presentes nessa fase da vida. Muitas vezes, eles passam despercebidos ou são confundidos com sinais naturais do envelhecimento.
Por que a saúde mental no envelhecimento deve ser debatida
A chegada à terceira idade costuma trazer mudanças significativas. Aposentadoria, perdas afetivas, alterações na rotina e limitações físicas podem afetar o equilíbrio emocional. Esses fatores contribuem para o surgimento de transtornos como depressão, ansiedade e insônia.
Cuidar da saúde mental no envelhecimento é também uma questão de qualidade social. Ignorar os sintomas pode gerar impacto direto na autonomia, na interação familiar e no uso de serviços de saúde.
Principais sinais de alerta em idosos
Os sinais de transtornos mentais nem sempre aparecem de forma clara. Muitas vezes, eles surgem em pequenas mudanças de comportamento. Entre os mais comuns, estão:
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Isolamento social;
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Alterações de apetite ou sono;
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Falta de interesse por atividades antes prazerosas;
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Tristeza frequente ou irritabilidade;
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Queixas físicas sem causa médica definida, como dores persistentes ou tonturas.
Observar esses sinais é essencial para perceber quando pessoas idosas precisam de uma maior atenção e buscar acompanhamento profissional.
Crédito: fizkes/Shutterstock
Transtornos mentais mais comuns na terceira idade
A saúde mental de pessoas idosas pode ser afetada por diferentes transtornos. Entre os mais recorrentes, estão:
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Depressão: marcada por tristeza persistente, perda de interesse, alterações no apetite, distúrbios do sono e cansaço. Nos casos mais graves, podem surgir pensamentos suicidas.
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Ansiedade: provoca preocupação constante, tensão intensa e sintomas físicos como tremores, palpitações e sudorese.
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Síndrome do pânico: caracterizada por crises súbitas de medo intenso, com sensação de falta de ar e palpitações.
Essas condições são muitas vezes subdiagnosticadas em idosos. Parte dos sintomas é atribuída, de forma equivocada, ao envelhecimento natural.
Como promover a saúde mental no envelhecimento
O fortalecimento do bem-estar emocional pode ser estimulado com pequenas práticas no dia a dia. Entre as principais estratégias, estão:
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Manter conexões sociais: amizades, convivência com a família e atividades em grupo aumentam a sensação de pertencimento e reduzem a solidão.
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Praticar atividades físicas: caminhadas, dança, natação e musculação ajudam no humor, na cognição e na disposição física.
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Desenvolver novos interesses: aprender um idioma, tocar um instrumento ou praticar artesanato estimula o cérebro e fortalece a autoestima.
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Buscar ajuda profissional: psicoterapia e acompanhamento psiquiátrico, quando necessário, garantem diagnóstico e tratamento adequados.
Saúde mental sem estigma
O preconceito ainda é um dos grandes obstáculos para o cuidado integral. Alterações de humor e comportamento muitas vezes são vistas apenas como “coisas da idade”. Essa visão precisa mudar. A saúde mental no envelhecimento deve ser entendida como parte fundamental do cuidado, assim como alimentação equilibrada, acompanhamento médico e estímulo à mobilidade.
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