A solitude é um isolamento voluntário. Um tempo em que se escolhe estar sozinho e aproveitar esse momento da melhor forma possível. Já a solidão não é uma escolha e pode estar relacionado com tristeza e ausência de companhia. Mesmo que ela não seja positiva para ninguém, a solidão entre pessoas idosas pode ser ainda pior. O isolamento desse grupo pode trazer riscos à saúde, como provocar depressão e ansiedade.
Em julho deste ano, uma pesquisa brasileira sobre o tema foi publicada na revista científica Cadernos de Saúde Pública, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz). O estudo apontou que boa parte das pessoas idosas no Brasil estão solitárias. Ao todo, 9.412 pessoas foram analisadas e 16% afirmaram se sentir sozinhos o tempo inteiro.
Existem inúmeros fatores que podem levar a esse isolamento. O envelhecimento traz consigo mudanças como perda de amigos, aposentadoria, alteração da estrutura familiar e até mesmo o etarismo. Todas as oscilações podem contribuir para a sensação de solidão.
Consequências da solidão entre pessoas idosas
Entre as principais consequências da solidão entre pessoas idosas estão a ansiedade, a depressão e o declínio funcional, que acontece pela falta de estímulos físicos e cognitivos. A pesquisa brasileira mostra que a sensação de solidão está relacionada ao aparecimento de sintomas depressivos e vice-versa. Ou seja, esse transtorno psicológico também pode levar ao isolamento social.
Diante da idade e das mudanças que acompanham o envelhecimento, as pessoas idosas são as que experimentam uma solidão mais problemática. Isso porque, junto com o processo de envelhecimento, o corpo pode trazer diversos sintomas que causam algum tipo de declínio. Principalmente os relacionados a problemas cognitivos.
Além disso, um outro estudo, publicado na revista Neurology, mostra que existe uma relação entre a solidão de pessoas idosas com a probabilidade de uma maior perda de volume total do cérebro. Com o encolhimento desse órgão, algumas áreas podem ser afetadas e levar à demência.
Crédito: Monkey Business Images/Shutterstock
Mudança de hábitos pode impactar a solidão entre pessoas idosas
Muito se fala sobre boas práticas que levam à longevidade. Os estudos apontam que atividades físicas, alimentação equilibrada e socialização são hábitos que fazem bem durante o processo de envelhecimento.
Por isso, estar sempre ativo, ter núcleos de convivência, boas noites de sono e buscar um propósito de vida são práticas que podem combater a solidão entre pessoas idosas. Além disso, por que não buscar a companhia de um animal de estimação? Pesquisas revelam que o contato com pets ajuda no bem-estar físico e emocional das pessoas.
O acompanhamento psicológico é uma boa forma de cuidar com problemas psicológicos e com a solidão. Com o Programa ViverMais, os associados contam com atendimento 24 horas para emergências, além de atendimento com psicólogos ou outros especialistas.
Torne-se um associado e tenha esses e outros benefícios na palma de suas mãos.
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