Enquanto no Brasil a proporção de trabalhadores 40+ aumenta, a mão de obra sênior ao redor do mundo também sofre uma mudança estrutural. De acordo com uma pesquisa internacional, até 2030 cerca de 150 milhões de postos de trabalho serão para pessoas acima dos 55 anos.

O estudo foi realizado pela consultoria internacional Brain & Company. Ele aponta que essa mudança na mão de obra sênior ao redor do mundo acontecerá nas nações do G7. O grupo reúne as principais economias do planeta, como Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido.

Mesmo que a notícia seja positiva para profissionais maduros, poucas empresas estão se preparando para integrá-los em um ambiente multigeracional. De uma forma geral, as organizações negligenciam as necessidades e prioridades da mão de obra sênior. 

É importante destacar que, na maioria das vezes, o que impulsiona o trabalhador sênior é a oportunidade de contribuir para a sociedade, juntamente com a busca por autonomia e flexibilidade de horários. Por isso, ter um posicionamento aliado as políticas da empresa faz diferença no cotidiano profissional.

Uma profissional madura, em um escritório, sorrindo e com os braços cruzados. Imagem para ilustrar a matéria sobre mão de obra sênior ao redor do mundo. Crédito: PeopleImages.com - Yuri A/Shutterstock

A mão de obra sênior ao redor do mundo

No Japão, a escassez de mão de obra atingiu níveis críticos. Em 2022, por exemplo, quatro em cada dez empresas contrataram profissionais com mais de 70 anos. Estima-se que, até o ano de 2040, o país enfrente um déficit de aproximadamente 11 milhões de trabalhadores. O que tornará necessário recrutar quase 7 milhões de trabalhadores estrangeiros.

A Alemanha é um país onde um a cada cinco residentes tem 65 anos ou mais. Por isso, seu foco está em automação. A proposta é permitir que robôs assumam as tarefas fisicamente exigentes, o que permite criar um ambiente de trabalho mais favorável para os mais velhos.

Já no Brasil, a situação apresenta obstáculos significativos. Um levantamento realizado pela EY Brasil em parceria com a startup Maturi, revelou que as empresas não avançaram no quesito envelhecimento. Embora a maioria afirme ter iniciado ou estar prestes a iniciar ações, 42% das empresas ainda não incorporaram o envelhecimento como parte de sua estratégia de negócios.

Além disso, é preocupante observar que entre julho de 2022 e julho de 2023, o número de oportunidades de emprego para pessoas com mais de 50 anos diminuiu em 53%.


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