Um novo estudo sobre os melhores países para se aposentar, o Global Pension Index 2024, acabou de ser lançado pelo CFA Institute e Mercer. O levantamento apresentou dados sobre a qualidade dos sistemas de aposentadoria no mundo. Segundo a pesquisa, a Holanda lidera o ranking com nota 84,8. Já o Brasil ocupa a 33ª posição entre os 48 países, com nota 55,8. Essa posição coloca o país em um patamar preocupante em relação à sustentabilidade da aposentadoria.
O Global Pension Index 2024 analisou mais de 50 indicadores para classificar os sistemas previdenciários. A análise considerou três eixos principais:
- Adequação: valia os benefícios pagos e como o sistema é estruturado.
- Sustentabilidade: avalia a capacidade do sistema de manter esses pagamentos pelas próximas décadas.
- Integridade: avalia a governança, a transparência e a operação do sistema, essenciais para gerar confiança.
Com essa metodologia, o índice avalia os desafios dos países em garantir aposentadorias seguras e sustentáveis.
De acordo com o estudo, Holanda, Islândia e Dinamarca ocupam as primeiras posições. Esses países apresentam sistemas previdenciários robustos, combinando bons benefícios com gestão sustentável e transparente. Além disso, eles mantêm altos padrões em todos os eixos avaliados, o que garante estabilidade para os aposentados.
Na América Latina, o Chile ocupa a 9ª posição e é o país latino-americano mais bem classificado. O Uruguai, em 13º, e o México, em 16º, também estão bem posicionados. Em contraste, a Argentina está em 47º lugar e apresenta um sistema previdenciário insustentável sem reformas estruturais.
No Brasil, o principal problema do sistema de aposentadoria está na sustentabilidade. Apesar de oferecer benefícios adequados, a viabilidade financeira do sistema é baixa. Esse risco para o futuro dos aposentados também afeta economias ricas como Japão e Itália. Ambos enfrentam desafios de sustentabilidade devido ao envelhecimento populacional.
Arte/Valor
Desafios e implicações do novo estudo sobre os melhores países para se aposentar
O estudo destaca que as mudanças demográficas são um desafio constante para a previdência. Com o aumento da expectativa de vida e a redução da natalidade, há menos contribuintes para o sistema. Isso compromete a capacidade de financiar as aposentadorias, gerando tensões sociais e econômicas.
O relatório recomenda que os países promovam reformas para garantir a sustentabilidade da previdência pública. Também sugere incentivos à previdência complementar. No Brasil, é urgente uma transição para sistemas em que a renda na aposentadoria dependa das contribuições ao longo da vida.
Reformas que garantam a sustentabilidade e promovam transparência são essenciais para assegurar um futuro seguro para as próximas gerações de aposentados.
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