A falta de preparo financeiro para a aposentadoria é um desafio crescente no Brasil. De acordo com a mais recente pesquisa da ANBIMA, as pessoas não se preparam financeiramente para a aposentadoria. O levantamento, realizada em parceria com o Datafolha, apontou que apenas duas em cada dez pessoas não aposentadas (19%) já começaram a se planejar financeiramente para essa fase da vida. A pesquisa, que abrangeu mais de 5 mil brasileiros, revela que 86% da população com mais de 16 anos ainda não tomou medidas para garantir uma aposentadoria tranquila.

Esse comportamento é especialmente preocupante nas classes D e E, onde apenas 10% começaram a poupar para a aposentadoria. Já para as classes A e B, a quantidade é maior, com 32% de pessoas poupando. Mesmo com a intenção de muitos de se preparar futuramente, o planejamento ainda é uma realidade distante para a maioria.

Mãos masculinas colocando moedas em um cofrinho de porco. Imagem para ilustrar a matéria sobre pessoas não se preparam financeiramente para a aposentadoria. Crédito: ALamphad/Shutterstock

Por que as pessoas não se preparam financeiramente para a aposentadoria?

Entre os fatores que contribuem para a falta de planejamento estão a educação financeira insuficiente e a ideia de que a aposentadoria é algo distante. Segundo Marcelo Billi, superintendente da ANBIMA, muitas pessoas acabam adiando o planejamento. Isso acontecen porque elas não exergam a aposentadoria como uma necessidade imediata. O que agrava esse cenário é a dependência excessiva do sistema público de previdência, o INSS.

A pesquisa mostrou que metade dos brasileiros (50%) acredita que o INSS será sua principal fonte de renda na aposentadoria. Esse percentual é ainda maior nas classes D e E. No grupo, 59% das pessoas esperam contar exclusivamente com a previdência pública. Para quem pertence às classes A e B, o percentual cai para 38%. A mudança acontece porque esses grupos também buscam outras fontes de renda, como previdência privada e aplicações financeiras.

Embora muitos brasileiros tenham a expectativa de não depender do INSS, a realidade é diferente. Entre os aposentados, 93% afirmam que a previdência pública compõe a maior parte de sua renda. A discrepância é ainda mais evidente nas classes A e B, onde 50% dos não aposentados acreditam que conseguirão evitar a dependência do INSS, mas 92% dos já aposentados utilizam esses recursos.


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