O PIX por aproximação chegou para revolucionar os pagamentos digitais no Brasil. Autorizado pelo Banco Central, o novo recurso permite transações rápidas e práticas, sem a necessidade de QR Codes ou acesso ao aplicativo bancário. Disponível inicialmente para dispositivos Android, a tecnologia promete agilidade. Por outro lado, também levanta questões sobre segurança e adaptação do setor de seguros.

A novidade funciona de forma simples. Ao aproximar o celular do terminal de pagamento, a transação é concluída sem a necessidade de senhas para valores menores. Apesar da praticidade, a implementação depende da atualização dos terminais comerciais, o que pode levar tempo. A expectativa é que o recurso seja amplamente adotado, especialmente em eventos com grandes aglomerações, onde a agilidade é essencial.

No entanto, a facilidade do PIX por aproximação traz preocupações. Thiago Amaral, professor na FGV/SP e especialista em Meios de Pagamento, alerta que "fraudadores podem explorar essa facilidade para gerar cobranças indevidas em locais movimentados". Além disso, celulares desbloqueados roubados podem ser usados para transações antes do bloqueio, aumentando os riscos para os usuários.

Uma mulher pagando com PIX por aproximação em uma floricultura. Crédito: Davor Geber/Shutterstock

Impactos no setor de seguros e segurança

A nova modalidade exige que seguradoras revisem seus modelos de proteção. Com o aumento do risco de fraudes, cresce a demanda por coberturas que garantam a devolução de valores pagos indevidamente. Produtos que protejam o dispositivo também ganham importância, já que ele se torna uma porta de acesso a recursos financeiros.

Em eventos de grande porte, como o Carnaval, os perigos são ainda maiores. Multidões facilitam furtos e golpes, e criminosos podem usar maquininhas adulteradas para capturar dados ou realizar transações não autorizadas em segundos. A distração momentânea pode ser suficiente para prejuízos significativos, o que exige atenção redobrada dos usuários e adaptações das seguradoras.

Medidas para minimizar riscos e garantir segurança no PIX por aproximação

Para reduzir os riscos, usuários e seguradoras precisam se adaptar. Configurar limites de transação, usar autenticação em dois fatores e ativar notificações em tempo real são medidas essenciais para proteger transações. Já as seguradoras podem buscar parcerias com bancos e fintechs para desenvolver mecanismos de segurança mais eficazes, garantindo proteção ampliada aos clientes.

O PIX por aproximação representa uma mudança estrutural nos pagamentos digitais. Para as seguradoras, é crucial oferecer coberturas alinhadas aos novos riscos. Para os usuários, a responsabilidade na proteção dos dispositivos e no uso consciente da ferramenta é fundamental. A inovação traz conveniência, mas a segurança deve ser prioridade. Com adaptações e cuidados, o PIX por aproximação pode se tornar uma ferramenta segura e eficiente para o futuro dos pagamentos no Brasil.


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