O índice de desemprego no Brasil foi de 9,1% de maio a julho, de acordo com dados da Pnad Contínua. O percentual representa 9,9 milhões de pessoas e se refere aos brasileiros que não estavam ocupados no período. Ou seja, também abrange trabalhadores informais. Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A taxa de desemprego no Brasil medida pela Pnad Contínua é considerada a principal para medir o mercado de trabalho no país. O Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) também foi divulgado nesta semana e mostrou abertura de 218,9 mil novas vagas em julho. Porém, os dados são relacionados somente a contratos em carteira (CLT). São as próprias empresas que enviam as informações.
No caso da Pnad, a pesquisa é realizada por meio de entrevistadores, que conversam com uma amostra da população sobre sua situação de trabalho. No trimestre citado, a pesquisa da Pnad que apontou o percentual de desemprego no Brasil foi obtida através de uma amostra de 211 mil domicílios em 26 estados e no Distrito Federal.
Foto: Jerome Quek/shutterstock
Taxa de desemprego no Brasil considera a força dos trabalhadores informais
No período da pesquisa, os trabalhadores informais responderam por 39,8% da força de trabalho no Brasil. Neste grupo estão todos que trabalham por conta própria, sem CNPJ, trabalhadores que não são registrados e trabalhadores familiares auxiliares. A taxa de desemprego registrada é a menor para o período desde 2015.
O maior número de trabalhadores informais esteve em dois grupos: comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas. Juntos, eles permitiram a ocupação de 692 mil pessoas. Na sequência, vieram os setores de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais. Nestes, 648 mil pessoas conseguiram trabalho.Houve estagnação apenas no setor de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura.
Com relação ao rendimento médio do trabalhador, ele foi de R$ 2.693 no trimestre da pesquisa. Pela primeira vez em dois anos houve crescimento real, de 2,9% em relação ao período anterior. Ele é resultado, porém, do aumento da renda de empregadores, militares e funcionários públicos estatutários. Nos outros grupos não houve aumento.
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