Investimentos em renda fixa e com maior segurança vem ganhando destaque com a alta da taxa básica de juros da economia, a Sellic. Um deles é o Tesouro Direto. Ele é considerado um investimento de baixíssimo risco e muito acessível, mas você sabe direito como funciona? Vamos explicar!
Quando falamos em Tesouro Direto, estamos falando de um programa do Tesouro Nacional do Brasil que permite que investidores pessoas físicas possam comprar títulos públicos do governo. Ou seja, o governo emite um título com a intenção de pegar dinheiro emprestado. Você compra o título e empresta dinheiro ao governo. Em troca, ao resgatar o dinheiro, você será remunerado pelo empréstimo.
Entre as vantagens do Tesouro Direto estão a facilidade de investimento (que pode ser feito pela internet), os baixos custos administrativos e possibilidade de investir valores pequenos, a partir de R$ 30, já que não é necessário comprar um título inteiro.
Crédito: Alison Nunes Calazans/shutterstock
Como é o rendimento do Tesouro Direto
O Tesouro Direto é considerado um investimento de renda fixa. Ou seja, ao comprar, você já sabe como será a remuneração, desde que resgate o valor exatamente na data combinada. No site do Tesouro, inclusive, dá para realizar uma série de simulações muito úteis.
A liquidez é diária, mas caso resgate antes, estará sujeito a receber um valor diferente do estabelecido. Esse valor pode ser maior ou menor, dependendo do que estiver acontecendo na economia. É a chamada “marcação a mercado”. Por isso, é importante que, ao comprar, você entenda bem o prazo de resgate e avalie se poderá manter o dinheiro investido até essa data. Ou, ainda, se está disposto a correr riscos caso precise resgatar antes.
O rendimento dos títulos do Tesouro funciona assim: você recebe o valor que foi emprestado acrescido de juros, conforme combinado no ato da compra. Os títulos podem ser pré ou pós fixados.
Tipos de títulos do Tesouro Direto
Os títulos do Tesouro Direto podem ser pré ou pós fixados como explicamos. Os prefixados têm uma taxa combinada já no ato da compra. Ou seja, se você comprar um título que renderá, por exemplo, 10% ao ano, pode estar seguro de que será exatamente isso que receberá no ato do resgate (lembre-se apenas de que haverá desconto das taxas).
Quando se escolhe um título prefixado você deve ter em mente que aquele valor não vai mudar. Então, se o título render 10% ao ano, mas a taxa Selic for de 12% ao ano, você perderá dinheiro. Por outro lado, se o título render 10% ao ano, mas a taxa Selic cair para 8% ao ano, você ganhará ainda mais.
Já os títulos pós-fixados possuem um indicador de referência e vão oferecer rendimento conforme o movimento desse indicador. Por exemplo, se você comprar um título que é atrelado à inflação, o rendimento vai variar de acordo com a taxa.
Algo que pode ser feito para diminuir os riscos é diversificar, comprando títulos diferentes para compor a sua carteira de investimentos. A diversificação pode ocorrer tanto com os tipos como com datas de vencimento, já que há títulos com prazo mais curto e mais longo.
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Título prefixado: A rentabilidade é definida no momento da compra.
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Título prefixado com juros semestrais: Semelhante ao título prefixado, mas com pagamento de juros a cada seis meses.
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Tesouro IPCA: A rentabilidade vai seguir a inflação medida pelo IPCA, portanto é pós-fixado.
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Tesouro IPCA com juros semestrais: Semelhante ao Tesouro IPCA, mas a cada seis meses paga juros.
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Tesouro Selic: Título pós-fixado cuja remuneração segue a taxa Selic.
Como fazer para investir
Para investir no Tesouro Direto você precisa abrir uma conta em um dos bancos ou corretoras habilitadas. A lista está disponível no site do programa, onde é possível realizar as simulações também. Por meio dessas instituições você investirá e também fará o resgate do dinheiro quando o prazo chegar.
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