A participação feminina nas finanças da família já é uma realidade em grande parte dos lares brasileiros. De acordo com pesquisa do Serasa, em parceria com a Opinion Box e divulgada pela CNN, 93% das mulheres contribuem financeiramente em suas casas. Entre elas, 33% assumem sozinhas todas as despesas, situação que atinge principalmente mulheres de baixa renda.
Segundo o levantamento, 60% das brasileiras dividem a responsabilidade financeira com outras pessoas da casa, enquanto apenas 7% não participam das contas familiares. O estudo ainda mostrou que os principais objetivos das mulheres envolvem a compra de um imóvel (36%), o pagamento de dívidas (36%) e a busca por segurança financeira (35%). Para atingir essas metas, metade das entrevistadas pretende manter as contas em dia e 38% querem investir em planejamento familiar.
Renda e desigualdade na participação feminina nas finanças
A pesquisa revelou uma relação direta entre classe social e responsabilidade financeira das mulheres. Entre as brasileiras de alta renda, apenas 18% assumem sozinhas os gastos do lar. Já entre as de baixa renda, 43% precisam arcar individualmente com todas as despesas familiares.
Quando observados os principais desafios enfrentados, 47% das entrevistadas afirmaram ter dificuldades para conseguir crédito. Além disso, 31% apontaram o endividamento como um dos maiores obstáculos na gestão financeira pessoal.
Procura por crédito e obstáculos enfrentados pelas mulheres
Nos últimos 12 meses, 8 em cada 10 mulheres buscaram crédito no Brasil. As principais razões são o pagamento de despesas inesperadas (26%), dívidas de cartão de crédito (22%) e a necessidade de limpar o nome (21%).
Apesar da procura, muitas enfrentaram dificuldades para ter acesso a crédito. O estudo mostra que 85% já tiveram ao menos um pedido de empréstimo negado. Essa barreira varia de acordo com a idade: 62% das mulheres da geração Z relataram dificuldade, seguidas por 48% das Millennials, 40% da Geração X e 16% das Baby Boomers.
Crédito: DimaBerlin/Shutterstock
Planejamento doméstico e participação feminina nas finanças
Outro destaque do estudo é o papel das mulheres na organização das contas da casa. Para 64% das entrevistadas, a responsabilidade de planejar os gastos do lar recai principalmente sobre elas. Além disso, 54% afirmaram ser responsáveis pelo planejamento financeiro familiar.
A pesquisa também investigou a relação das mulheres com a carreira. Segundo os dados, 58% acreditam ter ou já ter tido estabilidade profissional. Entretanto, a informalidade se mantém como um recurso importante para complementar a renda. Sete em cada dez mulheres já recorreram a trabalhos informais, sobretudo em atividades de limpeza ou vendas diretas.
Mesmo diante de desafios como endividamento e falta de crédito, o estudo mostra sinais de avanços. Cerca de 70% das entrevistadas acreditam estar conseguindo contribuir mais para o orçamento doméstico. Além disso, 85% percebem um crescimento contínuo da participação feminina nas finanças da família.
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