Alessandro Stefanutto, presidente do INSS, disse que o governo será rígido com quem apresentar um atestado médico falso para obter um benefício previdenciário. Aquele que fraudarem documentos poderão responder de forma criminal pelo ato ilegal.
“Nós temos bala na agulha para quem apresentar resultado falso responder criminalmente. Nós não vamos tolerar”, alerta o presidente.
Stefanutto ainda diz que toda fraude identificada será levada diretamente para a Polícia Federal.
“Nós não vamos tolerar, passar a mão na cabeça ou ter aquela cultura de tolerância. Vamos ser duríssimos com aquele brasileiro que está pondo a perder o atestado, até por uma questão didático-pedagógica. Pegou, é criminal. É capaz até de a pessoa ter prisão preventiva decretada e ser presa. A pessoa tem de entender que está fraudando o erário público.”
De acordo com a previsão de Stefanutto, o INSS poderá economizar R$10 bilhões em 2024 com a ação de combate à fraude. Ele afirma, em entrevista ao Estadão, que reforçará o atendimento nas agências, estabelecendo metas para diminuir o tempo que o segurado passa na fila.
Crédito: Rafastockbr/Shutterstock
Combater fraudes do atestado médico falso está relacionado à redução de fila
Além do combate às fraudes, ainda existe o projeto de redução de filas. Até o final deste ano, sua expectativa é diminuir o tempo de espera na fila para solicitação de benefícios do INSS para 45 dias, sendo que em novembro a média estava em 56 dias. Para o ano de 2024, a meta é atingir apenas 30 dias de espera.
Uma das formas de reduzir as filas é com o uso do Atestmed, um serviço de análise documental. De acordo com Stefanutto:
“Estamos evoluindo para um modelo de atestado, o Atestmed, para aqueles benefícios de curta duração, como o antigo auxílio-doença, que hoje se chama auxílio incapacidade. Esses benefícios ocupam 60% da minha agenda de perícia. Em no máximo 15 dias, o benefício está sendo concedido. Com o Atestmed, estou conseguindo fazer cruzamentos dos atestados e agora estamos instalando inteligência artificial.”
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