Caros amigos e amigas do Instituto de Longevidade MAG,

Ao longo de toda a vida, recebemos muitos “não”. Quando pequenos, pela imaturidade e pelo senso de imediatismo característico das crianças, cada “não” ouvido é sempre de difícil aceitação. A um “não é hora de mamar”, ou “você não pode brincar com as ferramentas do papai”, a criança chora, esperneia, reclama... em síntese, ela não aceita o “não”.

À medida que crescemos, precisamos desenvolver tolerância ao não. Entendemos que nem todas nossas vontades podem ser instantaneamente satisfeitas ou, quiçá, podem ser satisfeitas a qualquer tempo. Quando ouvimos um “você não foi selecionado para esta vaga de emprego” ou um “eu não quero me casar com você”, não adianta gritaria, birra, e tudo aquilo que uma criança faria. Nem por isso, obviamente, um “não” recebido na vida adulta dói menos.

Nos aconselhamentos que ofereço a profissionais de vendas, costumo dizer que eles não devem aceitar o “não” vindo de um cliente; que devem, de fato, excluir o “não” do seu vocabulário. Estaria eu recomendando a mulheres e homens adultos que ajam como crianças? Claro que não. Mas qual é a diferença, então, entre a reação da criança e a do adulto? O que distingue a rejeição do não por ambas as partes?

A criança, por sua imaturidade, não consegue ir além do “não” recebido. A negativa equivale a uma sentença de limitação absoluta e permanente. Parece que nada mais haverá após ter a realização daquele desejo ou vontade negados.

O adulto – que de fato age como adulto – recebe o “não” e vai além da negativa recebida. Acata, mas não se deixa tolher. Para os vendedores, profissionais a quem oriento, isto significa oferecer um novo argumento, ou tentar um novo ângulo de abordagem do seu produto, que enfim busque sensibilizar o cliente.

Trago este assunto para este espaço porque acredito que o conselho vale também para os mais velhos. Amigos: não se deixem limitar pelo não. E certamente que vocês os recebem aos montes. Sei disso porque também sou idoso. Vou dizer dois “nãos” que milhares de 60+ ouvem todos os dias: “Você não entende nada de tecnologia!” e “Você não vai conseguir uma nova oportunidade de trabalho!”.

Acreditem nestas frases e estarão acabados. Vão além do “não” e sigam adiante suas vidas. Novamente: “jogar o não fora” não significa deixar de pedir ajuda diante das dificuldades. Não significa falta de humildade - pelo contrário. Significa abrir-se para o aprendizado. Significa recriar o sentido de suas vidas, diante da maravilha que é a conquista da longevidade.

Nós, do Instituto de Longevidade MAG, permaneceremos ao seu lado, como sempre estivemos, para apoiar neste processo. Sobre os nãos ligados a tecnologia e trabalho, tão frequentemente ditos aos mais velhos: em agosto, estaremos no Maturifest, maior festival de trabalho e empreendedorismo para os 50+ do Brasil, entre os dias 21 e 23, em São Paulo. Você tem 20% de desconto nos ingressos, por ser nosso leitor (e a transmissão online é gratuita). E colocaremos no ar a terceira série da Websérie Digital Sem Medo, focada em aumentar as habilidades digitais dos mais velhos no Brasil. Participe conosco!

Cordialmente,

Nilton Molina

Leia também:

Reflexões e ações para uma longevidade consciente

Tempo de reagir: proteção, informação e preparo para o futuro

A persistência do analógico no mundo digital

Compartilhe com seus amigos

Receba os conteúdos do Instituto de Longevidade em seu e-mail. Inscreva-se: