Na continuação da conversa com o Dr. Egídio Dórea, mergulhamos em seu trabalho como autor e nos temas que o movem a repensar o envelhecimento com profundidade, empatia e ação transformadora.

8. Você pode nos contar um pouco sobre os temas que o inspiram?

Sou movido por temas que envolvem o combate ao idadismo e suas interseções, o envelhecimento ativo/saudável e seus determinantes. Também me interesso muito pelas questões culturais e filosóficas que envolvem o envelhecimento.

9. Qual foi a motivação para escrever sua primeira obra?

Ela surgiu da leitura de artigos sobre a relevância do idadismo e da percepção de sua presença subliminar nas instituições e até dentro dos próprios grupos que participo. Outro livro foi um convite para editar e escrever sobre envelhecimento saudável — um tema que me estimula muito.

10. Como os livros dialogam com sua atuação acadêmica e profissional?

Eles são minha fonte de inspiração. A partir de autores que admiro e suas ideias, norteio minha atuação. São intelectuais que dedicaram suas vidas a discutir temas fundamentais da nossa sociedade.

11. Para qual público suas publicações são voltadas?

São voltadas a um público amplo. Acredito que as questões sobre envelhecimento devem interessar a todos, não apenas a profissionais de saúde. Só assim mudaremos a forma como envelhecemos e como percebemos esse processo.

12. O que mudou em sua visão sobre envelhecimento desde a escrita das suas publicações?

Passei a enxergar o envelhecimento de forma mais complexa, enriquecedora e tranquila. E a entender que lutar por um envelhecimento saudável precisa ser uma prioridade — especialmente em um país tão desigual como o Brasil.

13. Está trabalhando em alguma nova obra atualmente?

Sim. Estou desenvolvendo um livro infantil sobre idadismo. As crianças interiorizam esse preconceito muito cedo, como ocorre com o racismo. Como disse Mandela: “Se conseguimos ensinar o ódio, podemos ensinar o amor”.

As palavras de Dr. Egídio nos convidam a um exercício profundo de reflexão: como podemos construir, desde já, uma sociedade que acolhe a longevidade com respeito, inclusão e propósito?


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