Em 21 de junho, comemora-se os 100 anos de nascimento do Rei do Rádio, Nelson Gonçalves. Um dos maiores cantores da história da MPB e dono de uma voz empostada de médio tenor, era também compositor, tendo embalado os corações apaixonados de muitas gerações.
Nascido Antônio Gonçalves Sobral, na sul-rio-grandense Santana de Livramento, mudou-se para São Paulo aos 7 anos de idade. O pai, feirante e pedreiro, levava Nelson Gonçalves a praças e feiras para pequenas performances – ele cantava, e o patriarca tocava violino.
Antes de ser famoso por conta da música, trabalhou como jornaleiro, mecânico, engraxate, polidor, tamanqueiro e garçom, entre outras funções. Foi, ainda, lutador de boxe, e chegou a conquistar o título de campeão paulista na categoria peso-médio aos 16 anos.
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Pouco depois do primeiro de seus vários casamentos, aos 20 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro para seguir tentando a sorte musical. Demorou um pouco. Só no início dos anos 40 começou a fazer sucesso. Mas sua carreira, bem como sua vida pessoal, foi uma verdadeira montanha-russa, por causa do seu envolvimento com drogas.
Metralha, outro apelido que carregava, chegou a ser preso na década de 60 por porte de cocaína. Solto, iniciou tratamentos para se desintoxicar. Abandonou o vício de vez em 1980. Com a recuperação, a carreira deslanchou.
Em toda a vida, gravou mais de 2.000 canções, ganhou dezenas de discos de ouro e de platina, vendeu mais de 15 milhões de cópias. Por 60 anos, cantou samba-canção, tango, bolero, choro, valsa, modinha, jazz, bossa-nova, entre outros gêneros. Morreu em 18 de abril de 1998, com um infarto agudo do miocárdio, pouco antes de completar 79 anos.