A saúde cerebral pode ser significativamente influenciada por uma boa alimentação desde a infância até a terceira idade. Um estudo da Universidade Tufts, nos Estados Unidos, rastreou pela primeira vez a dieta e a capacidade cognitiva de indivíduos dos quatro aos 70 anos. A pesquisa revelou que manter uma dieta saudável ao longo da vida é essencial para preservar o funcionamento do cérebro na velhice.

Enquanto estudos anteriores focavam em hábitos alimentares de idosos, o novo estudo abrange toda a vida. Isso mostra que as ligações entre dieta e saúde cerebral começam muito antes do que se pensava.

A pesquisa foi conduzida por Kelly Cara, da Escola de Ciência e Política Nutricional Gerald J., e Dorothy R. Friedman, da Universidade Tufts. O estudo sugere que melhorar os padrões alimentares até a meia-idade pode mitigar o declínio cognitivo.

Os cientistas usaram dados de mais de 3 mil adultos do Reino Unido, participantes do National Survey of Health and Development. Esses dados incluíam informações sobre ingestão alimentar, desempenho cognitivo e outros fatores coletados ao longo de 75 anos. Os resultados mostraram uma forte ligação entre a qualidade alimentar e a capacidade cognitiva global.

Foco nas mãos de uma mulher negra comento uma tigela de salada. Imagem para ilustrar a matéria sobre saúde cerebral. Crédito: Rido/Shutterstock

Relação entre a saúde cerebral e a qualidade de vida

A capacidade cognitiva tem um impacto significativo na qualidade de vida e independência na velhice. Por exemplo, entre os participantes de 68-70 anos, aqueles com alta capacidade cognitiva mostraram melhor memória de trabalho. Além disso, tiveram uma velocidade de processamento mais rápida.

Em contraponto, quase um quarto dos participantes com baixa capacidade cognitiva apresentou sinais de demência,. Porém, nenhum do grupo de alta capacidade cognitiva mostrou tais sinais.

Os pesquisadores destacam que uma dieta rica em alimentos vegetais, antioxidantes e gorduras mono e poli-insaturadas é benéfica para a saúde cerebral. Alimentos como vegetais de folhas verdes, feijões, frutas e grãos integrais podem reduzir o estresse oxidativo. Com isso, melhoram o fluxo sanguíneo para o cérebro.

"Padrões alimentares ricos em grupos de alimentos vegetais integrais ou menos processados podem ser mais protetores", afirma Cara. No entanto, mais estudos são necessários. É preciso confirmar se esses resultados se aplicam a populações com maior diversidade racial e étnica.

Este estudo destaca a importância de uma alimentação adequada desde cedo para a saúde cerebral a longo prazo. A inclusão de alimentos nutritivos na dieta pode fazer uma diferença significativa na prevenção do declínio cognitivo. Além de promover a manutenção de uma boa qualidade de vida na terceira idade.


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