O Century Summit 2022 foi um evento realizado em dezembro pelo Centro de Longevidade de Stanford. Seu objetivo foi discutir as melhores práticas de promoção de um envelhecimento com qualidade. Na convenção, a pesquisa de Robert J. Waldinger foi destacada durante a abertura, já que ela se tornou um marco para a construção de uma velhice prazerosa e sadia.

Robert é psiquiatra, psicanalista e sacerdote zen. Além disso, é professor da faculdade de medicina de Harvard e diretor do Study of Adult Development. Na instituição, ele está em seu 85º. ano e, desde 1938, acompanha alunos da universidade (e agora suas famílias) até o fim da vida.

Segundo a nota divulgada pelo G1, Waldinger afirmou que:

“Quem tem uma maior capacidade adaptativa se sai melhor, é uma questão de saber lidar com as dificuldades de uma forma positiva. O fato de sermos inteligentes não prediz o quanto seremos felizes, são outros atributos que contribuem para o bem-estar: nossa inteligência emocional, nossas amizades, a satisfação com nosso casamento ou envolvimento afetivo. Tudo gira em torno de relacionamentos.”

Robert J. Waldinger em uma apresentação de TED Talk. Imagem para ilustrar a matéria sobre envelhecimento com qualidade. Crédito: TED Talk

Como alcançar um envelhecimento com qualidade?

O estudo trouxe indicações novas sobre fatores que contribuem para um envelhecimento de qualidade. Diferente do que se pensa sobre índices de colesterol ou pressão, a qualidade dos relacionamentos desempenha o papel mais relevante na longevidade. De acordo com Waldinger:

“As relações interpessoais são reguladores emocionais, funcionam como um anteparo. O isolamento nos faz pagar um preço terrível.”

Porém, essa não é a única pesquisa que abordou o tema. No Japão, um levantamento realizado pela Universidade de Sapporo mostrou que pacientes insuficiência cardíaca apresentavam quadros diferentes de acordo com a socialização. Os solitários tinham resultados piores do que os indivíduos sociáveis.

Waldinger, as “relações casuais” também devem ser valorizadas. Elas podem ser pequenas interações, como conversas com atendentes, caixa de supermercado ou balconista da farmácia. “São interações que nos localizam socialmente, que nos dizem: ‘eu vejo você, eu reconheço você’”, completa.

Já quando o assunto é fazer novos amigos, o especialista sugere que sejamos proativos.

“Temos que nos aproximar, fazer a ponte na direção daqueles com quem desejamos nos conectar. Precisamos desenvolver nossa aptidão social.”


Para ter um envelhecimento com qualidade é necessário praticar o autoconhecimento. Faça o teste abaixo e descubra a sua idade mental.

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